Nenhum som vem das tuas ranhuras
nem do gotejar arfante das negras nuvens
porem há gritos aflitos de ti criatura
que somente as almas ouvem
sem nenhuma censura
Conhecer o amor sem nunca poder amar
ser vermelha em meio a verde lume
cores mortas perdidas no ar
Nau que é da noite e seu negrume
navega em ondas serenas
mas o coração nunca assume
o calor das praticas Obscenas
E no corpo a insatisfação progressiva
como um poema sem fim e sem começo
um orgasmo sem nenhum apreço
a cada ato morrer mesmo estando viva
Velas acesas quando o sol se apagar
luz que nunca é verdadeira
e nas ondas deixar o desejo flutuar
viver a vida por inteira
com as entranhas expostas
Tão difícil é o teu coração
que passa as noites sonhando acordada
no seu bater misterioso enredo
sonhos eroticos na madrugada
entrevendo a cruel solidão
sobre a terra árida, cruel arvoredo
tão difícil é o teu coração
que não conhece o medo
Alexandre Montalvan
Comentários
Lindos versos compõe o belo Poema.
Parabéns amigo pela publicação
Abraços de Antonio Domingos
Alexandre Montalvan:
Um gratificante poema que é composto de versos sinceros.
Muito agradável de se ler e compartilhar com todos.
Parabéns
Abraços
JC Bridon