Cubro meu corpo com rosas escuras,
Vedando os olhos não vejo passar
Quem me fez pagar muitas penas duras,
Tanto implorei pra não me abandonar.
Foi inútil, não tentou se acomodar
Levou o que de melhor acalentei
O pouco que deixou não soube dar
Consolo à dor forte que purguei.
Deixando meu viver um puro inferno
Dilacerando o pobre coração
e as rosas que ofertei perderam cor.
Não secaram, vestem um luto eterno
fazendo -me sofrer em profusão
deixando -me chorar imensa dor.
Márcia A Mancebo
22/06/2018
Comentários
Lindos versos, de pura emoção.
Obrigada, Everaldo!
Obrigada pela arte encantadora
Amei!!!!!
Bjs
Como sempre seus versos são lindos e emocionantes
Aplausos querida Marcia
Beijos
Obrigada querida amiga
Bjs
Olá prezada poetisa Márcia Mancebo.
Um soneto decassílabo,o formato que mais gosto e tenho mais facilidades...
A última belíssima estrófe muito bem finaliza todo o desenrolar dos versos em mensagens reflexivas que a autora expõe , de um versejar doce e forte.
Destaco abaixo:
Dilacerando o pobre coração >>>>>>>>>. Veja como interssante a língua portuguesa. Com tres palavras, um decassílabo.Acho isto Genial.
e as rosas que ofertei perderam cor.>>>> Complementando o verso anterior esta bela metáfora.
Parabéns com louvor
abraço antonio domingos
Obrigada pela apreciação, Antônio.
Realmente um soneto decassilabo com acentuação no sexto pé. Gosto de treinar escrever sonetos.
Abraço.