Inanidade

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O dia desliza por entre as nuvens, 
O sol vai cortejando a lua, 
Beijo diáfano de lábios reluzentes, 
Declamando estrelas invisíveis, 
Interlúdio perene dos astros, 
Memorável poesia celeste. 
Regressa a noite confidente, 
Desabrochando os sonhos, 
Bailando cerimoniosa no infinito, 
Orbe fantástico sobre faces incendidas, 
Tênue viagem ao decrépito sentir. 
As paixões cálidas alegóricas, 
Acenam ao platônico amor, 
A flertar a fidelidade melancólica, 
Que enrubescida ao caprichoso afeto, 
Canta ao vento suas memórias, 
Lírica melodia de tons aturdidos. 
As vozes reprimidas silenciosas, 
Ecoam enigmáticas nas trevas, 
Lamuriando o volúvel desejo, 
A gemer em suas voláteis aventuras, 
Seduzindo a dúbia vontade consentida, 
Ao lúgubre abraço excitado. 

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Sirlanio Jorge Dias Gomes

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