MÁSCARAS

De repente privastes-me os lábios

Ainda que estejas à minha frente

 

É diferente ouvir tua voz

Sem vê-los pronunciar as palavras

Entender a gargalhada

Sem poder contempla-los sorrir

Sentir que me querem e beijam

E não olha-los franzir maliciosamente  

Quando a língua os umidifica

Sibilar por entre os dentes

 

Escondem-se do batom

Daquele tom que tão feliz te põe

Ficaram ocultas as maçãs da face

Que aspiravam meus olhos no relance

Pelo contorno da tua insinuante boca

Semicerrada quando me ouvias atenta

Balbuciante e de mim faminta

 

Perdestes o balanço da cara

Assoprando fios rebeldes do cabelo

Que compõe a tua morenice doce  

 

Que saudade de quando mentias

Insinuantes e disfarçados caprichos

Expressões e segredos sem máscaras

 

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Paulo Sérgio Rosseto

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Comentários

  • Encantada com teus versos Paulo! Parabéns! 

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