Manhã ensolarada, ameaças de chuvas ao longe
uma sexta feira da paixão, mas ela , a menina,
nada entendia, apenas queria a liberdade ao seu alcance
corria, catava flores, enfeitava a vida, e aguardava ansiosa,
a hora do almoço, para ganhar aquele prato quentinho,
com caruru, vatapá, peixe, frigideira e refrigerante,
tudo uma delícia!!!
Mesas pequenas espalhadas, naquele salão comprido
guardava a lembrança daquelas crianças que até á quinta-feira
ali estudavam, algumas, deixavam as marcas escritas nas cadeiras,
os livros paraceiam curiosos, olhavam a menina saboreando
a ceia da paixão de Cristo, mãos sujas, olhar traquino, alguns se indignavam,
a menina, não ligava para as normas de etiqueta que neles existiam
era uma menina, traquina, valente, vencia as regras e seguia,
tagarela, apontava para os livros que a reclamavam e dizia:
Gosto de Arabela que abre a janela, de Carolina que abre a cortina,
de Maria que olha e sorrindo sempre diz- Bom-dia!!!
Não importava para a menina, se existia a mais bela,
se existia a mais sábia, apenas que existia, Maria,
a expressão do seu jeito também de ser, com seu ar risonho,
sempre dizia a todos que encontrava, BOM-DIA!
e como Maria, era conhecida, como a menina do riso fácil
Após o almoço, a menina lavava as mãos do jeio que queria
dentes não escovava, pois naqueles anos remotos
da década que nascera e ainda crescera, aprendeu que,
escovava os dentes quando acordava, para ficar com a boca cheirosa
e à noite, para a barata não roer a boca.
Assim, vencia a sexta-feira da paixão, apaixonada pela vida de criança
que traquinando vivia.
Comentários
E essa menina foi muito feliz! Vivenciou cada segundinho do seu dia de sexta feira da paixão.
Bela criação!
Parabéns!