Nas pedras do Leblon

Diversas foram as vezes que estive naquele mirante
eu simplesmente tinha de estar ali era preciso era inevitável
Ficava por horas olhando o mar desde que era um estudante
Aprendendo o alfabeto a linguagem que até então era indecifrável

Talvez tenha sido ali que aprendi as palavras das águas salgadas
Minha sala de aula meus momentos comigo mesmo meu destino
Engraçado que em todas as lembranças estou sozinho fosse dia ou madrugada
Um local quase sagrado onde as ondas do mar batizaram-me e deixei de ser menino

Há muito estou longe e vejo que a modernidade afastou as pessoas dos rochedos
Por beleza ou segurança elas agora assistem o adormecer do sol mais afastadas
Mesmo distante pelo tempo e pelo espaço guardo no coração sem qualquer medo
Os momentos em que as ondas do mar me chamavam para uma conversa iluminada

Deus abençoe as diferentes salas de aula
Carlos Correa

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Comentários

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    • Sim...ele nos refaz...se afastou dele? engraçado...mas acho que ele não se afastou de vc, cada vez que a refez deixou um pouquinho dele....Obrigado minha amiga, fica com Deus

  • Belíssimo poema cheio de emoções.

    Queria estar lá para pegar umas ondas .Meus netos estão na Barra 

    Parabéns por bela publicação

    Antonio 

    • Ah meu velho Rio de Janeiro...tenho minhas saudades guardadas...

      Obrigado meu amigo e forte abeço em seus netos. Deus abençoe a vc e a eles.

  • "Mesmo distante pelo tempo e pelo espaço guardo no coração sem qualquer medo
    Os momentos em que as ondas do mar me chamavam para uma conversa iluminada"

    Parabéns!!!!
    Belíssimo arremate para o texto.

    Um abraço

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CPP