NAUFRÁGIO
O barco, frágil, navega contra o vento,
enfrentando contratempos, imprevistos,
intempérie atroz, procelas possessas,
raios, rajadas, temores, açoites.
Resistindo a imprevisíveis intentos,
ferozes hidras, monstros esquisitos,
tremores, marejos e abcessos,
o breu, o mais obscuro da noite.
Frestas no convés escorregadio
podres porões habitado por ratos,
tantas vidas falsas por um fio,
desatino cruel, destino ingrato.
[gustavo drummond]
Comentários
Obrigado caros amigos.
Um sábado feliz e de paz.
Belíssima Poesia Gustavo. Um retrato do naufrágio, em versos preciosos, rebuscado vocabulário, criatividade no uso da tal palavra certa na hora certa.Parabéns,antonio
Lindo e trágico! Parabéns!
Teu poema é perfeito para esta imagem.
Belíssimo!
Aplausos!
Triste e forte seus versos. Parabéns pela intensidade de suas palavras.