O HOMEM E A PESTE

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O HOMEM E A PESTE

Diante da peste que cerca o mundo,
No alvorecer do milênio segundo,
O homem tira o véu da face avara!
Os vis e desumanos pervertidos,
Alinham-se e seguem conduzidos
Pelos vícios que a vontade escancara!

Ímpetos egoístas, interesseiros,
Aportam-lhe na alma... Mensageiros
Do egoísmo, da cobiça e ciúme!
Não têm ideia do dar sem receber,
E, cegos, sequer conseguem entrever
Da luz do amor um pequeno lume!

Quando obrigado não consegue ajudar
Sem um resmungar sem um reclamar...
Cria então o choque da exigência
Para qualquer de seu semelhante,
E, um novo choque colhe adiante,
Confundindo a própria existência!

Com a discórdia sempre entrelaçados,
Perdem-se sem rumo, desalinhados
Do verdadeiro sentido da vida!
Pobres ignaros que apenas mentem
Para si próprio e não sentem,
Que é da lei que todo mal retorna em mal!

Nelson De Medeiros
15.07.2020

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Comentários

  • Nossa saga diante dos desafios que a natureza nos impõe. Séculos e séculos e não aprendemos. Só mesmo poemas como o seu para arrefecer o peso do existir. Abraços e bom domingo.

  • Uma bela visão poética contemporânea das situações humilhantes que nós brasileiros estamos vivendo.

    Não sei se  dou parabéns. Agradeço por ter publicado este texto poema

    Abraço de Antonio Domingos

  • Belos versos! Parabéns Nelson! 

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