O SAL DA TUA LÁGRIMA

A água pura
Quando da tua emoção desceu
Deixou rastros,
E verteu abundante
Entre cílios e poros
No entorno dos olhos teus

Mapeou o macio veludo do teu rosto
Acendeu a expressão casta da tua rosa
Riscou mansa a pele avelã em úmido apupo
Encharcou com rubor tuas maçãs e brios
Fez brilhar ainda mais as tuas meninas
Marejou os rebeldes fios das tuas franjas
Renovou vontades em teu soluço
Até ver-se displicentemente acolhida
Pelas costas âmbars,  nos gestos parcos
Do enlace terno das nossas mãos
 
Tua anônima poesia, no entanto
Discreta e efêmera
Abrasou meus lábios
Ao me sentir no gosto azul
Entre o ósculo e a língua atônita
Ao provar do sal da tua lágrima
 
PSRosseto
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Paulo Sérgio Rosseto

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Comentários

  • Inspiração única de um versar que encanta e emociona. Meus aplausos Poeta Paulo Ségio. Um abraço.

  • Lágrimas de amor tornam-se doces... Lindíssimo! Aplausos!

  • Uauuuu! O que dizer diante de teus lindos versos?

    Lindíssimo poema.

    Parabéns!

     

  • Que linda lágrima! Parabéns grande poeta!

  • Paulo Sergio que prazer

    ler tua belissima poesia meus aplausos...

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