O TRANSEUNTE
Come do pão da dor adormecido
Bebe a água sem filtro envenena
Bate o coração de quem apanha
Respira ar sujo a exalar esgosto
"Fonte natural da poluição"
Segue para qualquer lugar incomum
Arrasta calcanhares ralo fim asfalto
Pensa pensamento, não, não pensa !
Absorve os raios insensatos do sol
"Sem cognitivo capenga na letárgia"
Lá vai um ente entre vivo animal
Sombras diferenças lunar cruéis
Das somas, subtrações e divisões
Um resto da divisão de aluguéis
"Que a nada, nada em servir"
Dorme na noite de frios calafrios
Pega o quente sopão da caridade
Este homem agora é um mendigo
Não é ficção, uma triste realidade
"Um lacre, sã dormência fosca"
final
ADomingos
João Bosco - O Bêbado E A Equilibrista (Ao Vivo) TUDO HAVER COM A POESIA
Comentários
Muiito belo e triste. Aplausos mil
Poema concreto, real nos mostrando a desigualdade social que impera em nosso mundo. Parabéns!
Trite realidade, poeta Antônio Domingues! Uma leitura conteporãnea!