OÁSIS

Assim que o vento sopra as cortinas

Eu me desnudo para poder ter amar

E sentir que a natureza é nossa aliada

E que a eternidade está dentro de nós

 

Enquanto nossos corpos se tocam na noite

Eu velejo pelos mares calmos da tua pele

Abasteço-me em pequenas ilhas espalhadas

Pelo teu corpo tão contido e tão infinito

 

Mas se acaso fantasmas do passado voltarem

Trazendo as gargalhadas de dor e incertezas

E a lista extensa de perguntas sem respostas

Esfregando em nossos rostos nossos temores

Confie em mim, podemos construir o paraíso

 

A cada beijo e a cada toque que se consome

Nessa dança voluptuosa em nosso quarto

Floresce uma árvore frondosa na alameda

Pela qual ainda passearemos de mãos dadas

 

Mas precisamos de mais flores para perfumar

Passeios contendo balanços onde brincaremos

Feito crianças felizes e portadoras de futuros

Imune às desconfianças que corroem a pureza

 

Precisamos cantar a canção que o vento ensina

E nos encantarmos com todo desejo que germina

Para cimentar as pedras que ainda estão soltas

E fazer do nosso lar o oásis em meio ao concreto

 

(Cláudio Antonio Mendes)

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Comentários

  • Cada imagem é para aconchegar no coração. Puro romantismo! Uma beleza de peça, Cláudio!

  • 71695216?profile=original

  • A canção que o vento ensina é tão linda quanto o seu poema! Belíssimo!!!

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