OCASIÃO

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Há em seu caminho, 
Aquela dor que arde em teu peito, 
Silêncio de mil vozes, 
Gritando aos teus pensamentos, 
Moldando tuas emoções, 
Mágoa insolente desventura, 
Pesar amargo contrito, 
Fortuito ressentimento causado. 

Há em teus olhos, 
Mais que lágrimas, 
Há também espinhos, 
Suprimido amor doído, 
Constrangida afeição negada, 
Vontade estranha sem prosa, 
Conversas cheia de sanha, 
Martírio corpóreo sentido. 

Há em teus pés, 
Rastros cansados de atalhos, 
Escaninhos da vida em dilemas, 
Treponemas do ardiloso tempo, 
Feroz combate impelido, 
Embriagada fraqueza no cio, 
Rindo-se perdida no caos, 
Assaz devassidão exilada. 

Há Muito em poucos segundos, 
Também pouco em muitas horas, 
Diferenças sutis do eu melancólico, 
Debruçado em si grotescamente, 
Buscando mais do que se possa ter, 
Oferecendo menos do que se tem, 
Girando em seus círculos heterodoxos, 
Contrapartidas binárias ensurdecidas. 

Há tantas coisas, 
Em teu caminho, 
Teus olhos, 
Teus pés, 
Teu tempo, 
Teu corpo, 
Que este poema, 
Te ouve inocentemente. 

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Sirlanio Jorge Dias Gomes

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Comentários

  • Em cada um, em cada ser, realmente, há tantas, mas tantas coisas que até o próprio ser se perde em meio aos seus conflitos existenciais.

    Aplausos poeta. Lindo poema.

  • 14501965?profile=RESIZE_710x

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