Olhos de Capricórnio

Noite de fogos, no céu rodopiavam cometas
Calor, pelo suado, semblante violeta
Observava o sorriso da lua, desejos imortais
Não reconhecia a cor de seus olhos naquela dança de cristais

Há mistérios no mundo que caminho
Uns dilacerados pela curiosidade
Outros revelados pelo carinho
Mas todos, segredos de um tempo sem idade

Acompanhou heróis e vilões
Incendiou bosques nas mais diversas paixões
Enfeitiçou crianças quando carrossel
Andaluz, Puro Sangue, alado ou apenas Corcel

Valsava com as fadas na madrugada
Ao sol cavalgava
Foi desenho, triste ou animado
Foi homem, foi quase tudo que sonhava

Toda cor descolore com o tempo
As vivas, mesmo as mais fortes
Pedem socorro ao vento
Nova aquarela, seguir um novo norte

O fim da lágrima é o sorriso
O fim da inocência a fruta madura
O fim da mulher o Olimpo
O fim do Homem a poesia

E naquela noite quente de verão
Olhando as águas
Imagem refletida da constelação
Pediu a Capricórnio que lhe abençoasse a vontade
Um novo caminho
Molhou a crina, entrou no mar
Nascia ali o cavalo marinho...
... e ganhou a liberdade.

Carlos Correa
Deus nos abençoe

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Comentários

  • 2064811019?profile=RESIZE_710x

  • 3695890868?profile=RESIZE_710x

  • Olá caro poeta Carlos Correa

    Sua poesia nos parece um Conto de Fadas. Os seus " O Fim: são 4 versos expressivos, criativos. ao mesmo tempo reais, mesmo em metáforas belas e fortes.

    O ganho da liberdade do cavalo marinho nascido  como se fosse o desfecho de toda a descrição da história até àquele  ponto da Poesia, uma conclusão de valor e certeza de perfeita complementação desejada por você.Repito: um conto em versos.

    Parabéns

    abraço de antonio domingos

    • Olá Antonio!! Obrigado meu amigo por suas palavras, de coração. Fica com Deus

  • Uauuuu! Todo o poema repelto de um lirismo soberbo.

    Belíssima poesia.

    Aplausos!

  • Maravilhoso poema.... Parabéns, Carlos!

    Abraço

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