Privado da visão
Encarcerado em uma vida sem luz
Ele pode ver mais do mundo
Que um outro com vista perfeita
É que apesar da deficiência
Ele vê com os olhos da alma
E viaja através das imagens que cria
O outro, embora sem restrições
Pode estar refém da rotina e da monotonia
De uma vida sem perspectiva, vazia
O primeiro embora não possa ver
Idealiza as belas imagens que concebe
O outro, embora possa ver
Não percebe as lindas imagens que vê
E a vida prossegue
Com mais um de seus paradoxos
Enquanto um enxerga o que não pode ver
O outro é incapaz de enxergar o que vê
F J TÁVORA
Comentários
O ato de enxergar vai bem além de do ato de ver, olhar, enxergar exige análise e reflexão.
Maravilhoso poema.
Destacado!
Obrigado, cara Edith pelo destaque.
A vida é cheia de paradoxos, mas se não mentirmos para quem nos escuta e nem decepicionarmos os olhos de quem nos vê faremos uma grande diferença.
Versos profundos e significativos, Francisco. Meus aplausos.
Muito feliz com seus profundos comentários.
Agradecido pela expressiva obra de arte que muito enriqueceu meus versos.
Prossiga nessa finalidade que só tem a enriquecer cada leitor e observante, com tantas letras magníficas.
Satisfação ver você em minha página com airosos comentários..
Muito feliz com sua presença, amiga poeta.