Sob o olhar das estrelas
Pequenas labaredas brincam ao meu redor
Como crianças serelepes dançando em calorosa algazarra
Fazendo de meus dedos trampolim
Inevitavelmente roubando-me um sorriso
E então buscamos a felicidade
E nos perdemos por entre labirintos alagados
Sombrios de frustrações sem um tronco a se apoiar
E sim, precisamos nos fixar em algo, teimando em acreditar
Que podemos encontrar o verde vale da glória
Desistir disso poderia trazer decerto a loucura
No entanto esquecemos de tentar entender
Somos diferentes uns dos outros somos crianças
Distintos estágios de elevação
E por essa razão tantas são as definições
Do que poderia ser felicidade
Aos poucos mesmo que seja muito aos poucos
Compreenderemos que ela só poderá vir do amor e da caridade
Virá pela humildade em servir os que nos rodeiam dos dois lados do véu
Resolver a equação: ser feliz é o júbilo pela felicidade do próximo
Apesar de estar dentro de nós dependerá de nossas atitudes para com os outros
E as labaredas em toda sua ternura
Lembram-me que somos ainda cobertos de carne
Devemos plantar as sementes
Cultivá-las na medida do possível
Mas o crescimento é por efeito Dele
Respeitemos então os diferentes estágios
Através do perdão, carinho e compreensão
Humildade minha gente humildade....
Assim estava escrito em pequenas letras
Ao olhar o que fora escrito pelo pó das estrelas
Próximo de onde estava
E um novo sorriso me é roubado pelas serelepes labaredas
Quando cai a chuva elas assustadas pedem asilo em meu corpo
Minha vez de lembrá-las de que a natureza vive em harmonia
Sem temor então as pequenas alaranjadas abraçadas às gotas de chuva
Valsam ao som das aves da madrugada
Que Deus nos abençoe sempre
Um enorme beijo fraternal a todos
A felicidade existe e todos nós a encontraremos
Carlos Correa
Comentários
E em cada estágio da vida, as consequências geradas pelas escolhas e pela semeadura.
Lindissimo!
Aplausos!
Obrigado Edith, fica com Deus.