Quase madrugada

Um abraço pode falar...

Falso nos braços dos que enganam
O Calor e a pressão no ventre dos apaixonados
Palavras de ternura no carinho entre irmãos
Desejo secreto dos que choram
O Sorriso dos que acolhem

E antigos instintos navegam clandestinos
Atravessam o rio do tempo chegam em silêncio
Buscam se misturar aos sentimentos e trazer ao hoje
O que ficou no passado mas não deveria

E o coração voa no brilho emprestado das estrelas

Você consegue ver através dos meus olhos?
Todas estas emoções adormecidas
Algumas tão atrevidas quanto envolvidas
Seriam envolventes?
Você consegue? Será?

Alguns não acreditam esqueceram talvez
Dizem que são coisas de poetas e alienados
Apenas histórias perdidas no tempo
Tatuadas no entanto nas flores e nos que sonham

Responda minha prece amanhã é tão longe
Já está anoitecendo e a neblina vem caindo
Já não consigo ver a mim mesmo
São meus olhos que me apontam o caminho

E vivo neste turbilhão de sentimentos
Que já nem pedem mais
Chegam e impulsionam minhas mãos
Tento contê-las mas sufocam-me em rebeldia

Confiam na realidade dessa fantasia de viver
Estou bem aqui então
Cheguei ao seu lado
Demorei talvez toda uma vida
Desse jeito que me sinto agora

Quase madrugada...

O amanhecer aguarda que venha o novo sol poente
As estrelas piscam confiantes
Mas amanhã é muito tarde
Que tal agora?

Responda minha prece
Não! Espere até o amanhecer
Tremem as mãos
Não! espere o amanhecer

Mas encontro seus lábios
Já não importa eu pude nos ver
Conheço apenas seu sorriso e seus olhos
Mas me lembram sim que existe um amanhecer
Que tal agora?

Nesse momento em que vejo uma flor nascer
Com perfume de estrela e raízes no luar
Já é quase madrugada...
Será que finalmente o brilho encontrará o olhar?

Deus nos abençoe
Carlos Correa

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