https://www.youtube.com/watch?v=aI6_9D2iRx4
Eu costumava contar as estrelas
Cantar às Estrelas
Eu costumava ouvir suas gargalhadas
Hoje sei que riam docemente de meu desafino
Talvez de meu desatino
Eu costumava acreditar
Tinha a certeza de que faria o certo
Eu costumava encontrar nas canções
Todas as sementes que seriam necessárias
Eu costumava molhar minhas mãos
E do mar vinham todas as respostas
Então eu sentei e observei
Eu costuma sorrir
Corria e brincava
Eu sonhava e por mais absurdo fosse o sonho
Ele vivia dentro de mim
No meu coração ele era real
Mas o mar foi embora
E me vi perdido sem suas respostas
Me encontrei acuado sem sua presença
E adormeci
Ao acordar sequer tinha perguntas
Só a certeza de que foi minha culpa
E esqueci que um dia ele esteve ali
O único navio que por ali navegava
Com ele se foi o único navio que eu amava
Que eu amei
Então eu sentei e observei
Eu esperava que dali
Onde a terra seca se encontrava
Com o tom azulado do que sentia
Talvez quem sabe ele retornasse
Sentei e observei
Na profundeza da noite
Eu tentei reaprender a recontar as estrelas
Cantar às Estrelas e chorei
Chorei tanto que minhas lágrimas salgadas
Atraíram de volta o mar
Mas tive que levantar
Levantar e Caminhar
E o coração acelerado desafinado e desatinado
Chorava de ansiedade
Acreditava novamente que do mar teria as respostas
Que do mar viria o perdão
Não! emoção maior não existiria
Quando pude ver ao longe
Quando voltava no caminho traçado pelo luar
O Navio que não sabia mais por onde estava
O único que amava o único que amei
E ainda posso lembrar como agora
Éramos apenas dois navios
Lado a lado
Navegando juntos novamente
Nas mais longas distâncias
Eu sonho e por mais absurdo seja o sonho
Ele vive dentro de mim
No meu coração ele é real
Porque nunca vou esquecer
Que eu costumava acreditar
Que eu costumava contar as estrelas
Fiquem com Deus
Confiem
Deus nos abençoe
Carlos Correa
Comentários
Encantada com teus versos! Parabéns Carlos! DESTACADO!
OlÁ Angélica, muito obrigado por sua gentil presença...fica com Deus