Refém

Refém 

A noite adentrou e trouxe a voraz solidão
O silêncio faz – me sentir tão deprimida
No canto isolei- me para introspecção
Tentando encontrar paz...uma saída.

Quem sabe, pensando poderei
 entender 
esse mal arguto que me devora
que me chibata, me traz o sofrer
Chega, adentra escolhe a hora
para que a noite faça - me perecer.

Oblíquo, torto, sem forma apropriada
O pensamento procura compreensão
Enleia a embriaguez  da madrugada
E meus braços embalo a solidão.

A saudade cizânia me desorganiza
Chego a concluir que é destino
sou refém da lembrança que agoniza
no meu coração ainda menino


Márcia A. Mancebo
17/10/19

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • Obrigada,Edith!

     

    Bjs

  • 3660118?profile=RESIZE_710x

  • Que construção maravilhosa. Destaco, se me permite : 

    "... Chego a concluir que é destino

    sou refém da lembrança que agoniza

    no meu coração ainda menino"  !!!

  • Com certeza há fases da vida nada fáceis e mesmo uma lembrança que agoniza pode ser dolorosa. Poema castiço e envolvente. Beijos.

  • e é do coração menino que vem a certeza do amanhã, de que a solidão trazida pela noite é uma apenas uma fugaz companheira, logo amanhece...fica com Deus

    • Obrigada pela presença é comentário 

      Abraço 

  • Cizânia é um termo com muitos sinônimos isso me deixou na dúvida para concluir meu comentário. Mas, vou rezar ao Senhor para que faça com que esta cizânia acabe e haja mais trigo. Refém é sofrência das boas ! Jesus me abane! Rs rs rs

This reply was deleted.
CPP