Refém
A noite adentrou e trouxe a voraz solidão
O silêncio faz – me sentir tão deprimida
No canto isolei- me para introspecção
Tentando encontrar paz...uma saída.
Quem sabe, pensando poderei
entender
esse mal arguto que me devora
que me chibata, me traz o sofrer
Chega, adentra escolhe a hora
para que a noite faça - me perecer.
Oblíquo, torto, sem forma apropriada
O pensamento procura compreensão
Enleia a embriaguez da madrugada
E meus braços embalo a solidão.
A saudade cizânia me desorganiza
Chego a concluir que é destino
sou refém da lembrança que agoniza
no meu coração ainda menino
Márcia A. Mancebo
17/10/19
Comentários
Obrigada,Edith!
Bjs
Obrigada Edith.
Que construção maravilhosa. Destaco, se me permite :
"... Chego a concluir que é destino
sou refém da lembrança que agoniza
no meu coração ainda menino" !!!
Obrigada querido amigo.
Abraço
Com certeza há fases da vida nada fáceis e mesmo uma lembrança que agoniza pode ser dolorosa. Poema castiço e envolvente. Beijos.
Obrigada, Miguel!
Bjs
e é do coração menino que vem a certeza do amanhã, de que a solidão trazida pela noite é uma apenas uma fugaz companheira, logo amanhece...fica com Deus
Obrigada pela presença é comentário
Abraço
Cizânia é um termo com muitos sinônimos isso me deixou na dúvida para concluir meu comentário. Mas, vou rezar ao Senhor para que faça com que esta cizânia acabe e haja mais trigo. Refém é sofrência das boas ! Jesus me abane! Rs rs rs