RETUITANDO A DOIDICE
Olha pra mim moça e atenta no que digo:
O amor tem de fato mil e uma facetas!
Pode ser fino, tão ao gosto dos estetas
Ou rude e ciumento na rota do perigo!
Pode ser sutil, como o que trago comigo,
Ou mesmo às claras, como cantam os poetas!
E as confusões não raras vezes indiscretas,
É que agasalham o amor em seu abrigo!
Mas, com percalços, com fineza ou ciumeira,
Eu vou levando nosso amor sem brincadeira,
Sem atropelo e sem qualquer disse me disse!
Há de ficar emaranhado em nossa a vida,
Pois que eternamente eu lhe darei guarida,
Sem me importar com as delicias da doidice!
Nelson de Medeiros,
C.Itapemirim (ES) 25/09/2021
Comentários
Li e reli. Ficou show! Meus parabéns 👏👏👏
Boa tarde poeta.
Obrigado pela oportunidade que vc me deu ao postar o teu " Doidice" que me inspirou neste soneto.
Aliás, diga-se, a maioria de seus poemas tem o dom de inspoirar respostas, o que acho muito peculiar.
1 ab