SEM FRONTEIRAS

Corpos fustigados,
Em suas cores assombrados,
Mutilados em suas dores,
Em discursos abstratos,
De promessas inexatas,
Nas exatas compulsões,
Do ser em seu decurso,
Concussões de feridas soturnas,
Em fronteiras taciturnas,
Versos melancólicos invisíveis,
Subindo ao céus de matizes absurdas,
Estas orações escarlate,
Disparate em corações tolhidos,
De sua liberdade obstruídos,
Destituídos de sua nacionalidade,
Cuja honra o deus da guerra tragou,
Na feroz batalha das almas enegrecidas,
Em suas lutas interiores,
Farpas de horrores exteriores,
Nas razões mórbidas dos senhores,
Em seus tratados inferno caudal,
Lodaçal envolvente nas mentes frias,
Confraria de gênios maledicentes,
Gente entre as gentes,
Espalhando sementes do medo,
Mortal enredo do mundo,
Sepultado antes de morrer,
Nas confabulações do caos,
Em trincheiras de vento.

Sirlânio Jorge Dias Gomes

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Sirlanio Jorge Dias Gomes

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Comentários

  • 3690289?profile=original

  • Um prazer estar aqui na sua página!Grato pela amizade!

    Parece, mesmo, que os quadros que seus belamente críticos versos desenharam, Sirlanio, trazem paisagens desgeografizadas - sem fronteiras.

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