Fecho os olhos e no movimento de minha mão
Trago o vento para dentro de mim numa só inspiração
Saio então decido dar uma volta e caminho através da noite
Os sussurros da brisa arrepiam minha pele e me levam de volta
A noite se transforma em túnel estrelas viram lâmpadas
E o que eram os lampiões agora um risco de giz
Em um ritmo frenético quase convulsivo ultrapasso a luz
À minha frente a voz do sussurros dançando com seu capuz
Meus olhos quase congelados aprisionados aqueles movimentos
Que trazem imagens conhecidas me fazem sorrir e cantar
Não entendo bem como acontece mas pouco importa
Um hipnotismo mágico que se quebra ao vê-la sentada junto ao corvo
Venha quantas vezes quiser ouvir uma antiga canção
Sente-se fique à vontade saboreia o mel maltado
Só não venha buscar aqui um esconderijo ou soluções
O que precisa para seguir em frente está em seu tempo
Sei que tem seus sonhos afinal meu palco está dentro de você
Conheço cada um deles os sentimentos que fundamentam seus alicerces
acredite que você pertence a eles e desta forma eles não escaparão
Poderá conquistar tudo que quiser desde que o desejo venha direto do coração
E ela se levanta naquela coreografia fascinante
Fico ali um pouco mais até que o crocitar me desperta
Percebo quando o vento me deixa sozinho e se vai
Com as folhas espalhadas pelo chão mas seu sussurro
Este está sempre misturado em cada canção...
Deus nos abençoe
Carlos Correa
https://www.youtube.com/watch?v=3fjQI3waH4c&list=RD3fjQI3waH4c&start_radio=1&t=6
Comentários
É um belo e lírico poema, Claudio.
Aplausos!
Te agradeço, fica com Deus
Em meio a todas reflexões de vossa poética, adorei as belas metáforas. O Belo Outono se faz presente com o vento empurrando as folhas secas. Somente o Poeta sabe extamente sobre suas emoções
Destaco: 'Um hipnotismo mágico que se quebra ao vê-la sentada junto ao corvo", porém todo o poema é de Excelência de um verdadeiro Poeta
Parabéns por bela publicação
Abraços de Antonio
Te agradço amigo, por vir e dedicar sua atenção, Deus o abençoe