Sem o inferno, o céu
Pra que serviria?
Só se fosse pra guardar
Papeis e outros que tais
Rezas, juras e ladainhas...
Que dizem abrir as portas do céu
Sem o Diabo, Deus
De que nos serviria?
Só se fosse pra brincar
Com os seus pobres mortais
Parte da sua alquimia
No grande circo que é seu
E sem pecado, o perdão
Pra que serviria?
Só se fosse pra deixar
Eu com os meus ideais
Cobertos de hipocrisia
Se somos os dedos da mão
Ah, o sim, sem o não
De que serviria?
Com quem iria conflitar
As minhas duvidas, meus ais
As minhas culpas só minhas
Recalques de toda aflição
Resumindo então
Presumo que tudo
É um elo de ligação
Pra que possamos seguir
Plugados um no outro
Ante a indelével razão
(Petronio)
Comentários
Penso que os extremos sao necessários para que haja sta dúvida e ponha o vivente diante das indagações.
Aplausos!
Caro Petrônio, parabéns pelo belo e reflexivo poema.
Abraço, Marcos.
O que dizer desta magnífica reflexão?Maravilhosa.Parabéns!