Sou negro - soneto.

Sou negro!

- Soneto.


Dividindo as minhas angustias e aflições comigo e minhas predições
Às vezes sinto desmoronar todos os sonhos previsto na tabua da lei
Que o onipotente, criou para as longas caminhadas dos meus dias.
Não imploro! Apenas aceito as dádivas de deus que me acompanha.

Meus olhos gotejam lagrimas que se fundem ao lhano desenhado.
Na sublime esperança que um dia essa separação seja dissipada
Das mentes e das reduzidas ao nada, nascendo uma outra concepção
Que por certo arrefeceram atritos entre seres humanos sensíveis.

Sou um negro! Que em alguns momentos divido meus percalços.
Com o intuito de celebrar entre a cor e o espaço, a igualdade
Que deve existir entre as tênues peles. E apaziguar as diferenças.

Assim meus passos continuam a marcar a terra na prolifera ação
De um bem-estar entre todos, sem rancores e sem as diferenças.
Conforme o arbitra a tabua da norma cunhada pelo criador do orbe.
 

 

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José Lopes Cabral

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Comentários

  • 3700928077?profile=RESIZE_710x

  • Um poema feito com maestria para provocar reflexão acerca da batalha pela consideração, respeito e valor que se faz de modo fluente, neste mundo moderno e conturbado,mas que ainda precisa ser mais conscientizado junto á população de um modo geral. Felicitações pela lira.

  • Antes de ser negro és homem,,, Antes de ser branco és homem... A cor da pele é, apenas, um fenótipo, maior ou menor acúmulo de melanina, o ser humano na sua implacável busca pela supremacia, seja ela, racial, social, genética, etc; tornou-se um animal egoísta, desumano. 

    Deveriamos amar ao próximo, reconhecer em sua humanidade, nossa própria humanidade, mas a vaidade é incomensurável e nos conduz a irracionalidade, no mundo empírico em que vivemos, é uma quimera imaginar os grupos humanos diferentes, sentados juntos na mesa da fraternidade.

    Quiça, nas plagas etéreas, nos mundos paralelos, nos torrões angelicais uma nova realidade sobrevenha.

    Belo poema.

    Abraços, paz e Luz!!!

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