Tarde chuvosa

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A tarde chuvosa lembra - me meus dias
Com olhos molhados de tanto chorar
Regando os sonhos, a luz eu pedia.
Estava cansada no meu caminhar.

Co' a mente tão cheia de alento encontrar
Chegar num lugar onde as rosas com cores
Deixasse um perfume espalhado no ar...
E alma pudesse curar -se das dores
E sem mais cansaço pudesse trilhar...

Os sonhos sonhados tornassem reais
E de paz ungida meu corpo abatido
Tivesse o cuidado dos ricos cristais
A face ora triste nos lábios feridos
Um riso se abrisse mostrando que os ais
Ficaram nos anos... Nos anos vividos
E bem escondidos, voltarão jamais!

Márcia Aparecida Mancebo
09/09/2021

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Comentários

  • Cara Márcia:

    Pena que os romanos — de quem herdamos, naturalmente, a palavra — arranjaram um nome estrambótico, para aquele inspirador barulhinho continuado da chuva despencando-se da aba do telhado: "estilicídio". Até evoca ao pensamento alguma modalidade de crime! Entretanto, a chuva, com suas sombras crepusculares e seu melodioso estilicídio, nos remete a estados de alma vários; e seu belo poema é um exemplo.

    E, por falar em melodia, congratulações pela harmonia dos undecassílabos, fazendo coro aos sentimentos e à chuva.

    Abraço do j. a.

  • 9557786080?profile=RESIZE_930x

  • 9555668058?profile=RESIZE_400x

  • Wow...a cada dia vc se supera...Deus a abençoe

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