Mudam-se os tempos…permanece a vontade
Manobram-se tantas horas austeras e assertivas
Adocicando e adornando palavras sempre furtivas
Atónita a noite deslumbra-se tão dissertiva deixando
Que o vulto do silêncio se esgueire engolido por
Sílabas carregadas de dopamina…tão emotivas
Já abalroada a solidão desaba amarfanhada
Cavalga na quilha do tempo, até transgredir todas
As maresias vagabundeando além achincalhadas
Vergada a esta escuridão gramaticalmente tresmalhada
Esboroa-se a madrugada despida e espezinhada, até
Confortar esta estrofe atordoada rimando com atoarda
Contra a maré que se espraia além atabalhoada
Depura a noite todos os breus mais enfronhados
Adormecendo inquantificáveis lamentos tão enxovalhados
Frederico de Castro
Comentários
Muito bom! Com palavras deveras rebuscadas, escreves os versos rimados! Parabéns pela sofisticação!
Grato amiga e poetisa Marso pela estimulante mensagem
Noite feliz e em paz
FC
Caro poeta Frederico, eu sempre me admiro da fluência que tens nos vernáculos
mais incomuns de nossa amada língua... também me deparo com uma beleza
sóbria e complexa que emerge de vossos versos... meus sinceros aplausos!
Abraço, Marcos.
EU agradeço seus sinceros e comentário caro poeta
É tb para mim tê-lo com companheiro de poesia nesta bela casa
Bem haja
FC
Grato sempre pelos seus estimulantes comentários
Bem haja e noite feliz
FC