Quer comer torresmo do "bão"?
Vá à roça do João.
No sábado, pela manhã,
Assistindo ao jogo no Maracanã,
Terá carne fresca.
Fígado, com cebola.
Finja que está jogando bola.
Miúdos, com cebola de folha.
Beba água e fique uma bolha.
Linguiça bem temperada
Para aguentar esta parada.
Toucinho gordo é sinal de torresmo.
Coma e rote a esmo.
Tem o chouriço bem cozidinho,
Também um pedaço de bifinho.
Chame o Pedro, com apelido de Minga,
Cante, fale e beba uma pinga.
O limão está do lado de fora,
Perto da árvore de amora.
O arroto alto e forte,
Sinta o vento vindo do norte.
O cheiro é bom,
Escute a música com um som.
É dia de torresmo, de carne, de festa.
Vai doer a cabeça e por isso põe uma batata na testa.
(José Carlos de Bom Sucesso - ALL)
Comentários
Poema cheio de delícias.
Aplausos José.
Bela noite pra ti.
Belos Versos
Parabéns Josè Carlos por mais esta valiosa publicação.Abraços, Antonio
Lembrei-me da Feira Aberta de São Cristovão aqui no RJ, feira nordestina com sua cultura gastronômica. São ingredientes, comida pronta, marmitinhas, farinha de mandioca, carne de sol e por aí vai.Um mar de queijos.
O belo e gorduroso torresmo, banha frita na própria banha. Alimento natural, rico em gorduras de todos os tipos e de gosto muito apreciado. Parabéns pela construção de um texto tão rico em sabores que me remeteu para Minas gerais.