TRISTEZA INTENSA

LAMENTO TRISTE

Raízes... ruídos... sons dissonantes...
O corpo curvado no caminhar lento se arrasta; segue...
Onde irá esses pés calejados; essas mãos com artroses,
Esses olhos já embaçados pelo tempo, lacrimejantes,
Coração ferido, cicatrizes ainda abertas em sangue.

Onde errei, onde meu mundo ruiu, posso ter mágoas?
O espirito em mim sagrado diz que o rancor é veneno,
A dor que habita nesse ser pequenino afoga-se nas lagoas
Do pranto contido, das lágrimas engolidas sem sano.

Na parede descascada o relógio parou ao meio-dia...
Lembranças de dias idílicos se apagam, morrem...
O cansaço vence a dor, o corpo fenece esfria,
Não há vontade de lutar, as esperanças se perdem...
Seguem no córrego que desagua no mar frio.

Deixo o lamento de quem lutou e perdeu...
De quem morreu antes de perder a vida.
Assino a dor de quem nunca foi entendida.
Deixo paz a quem fica, não quero despedida,
Vou só... no regato que deslembrou o caminho do mar.

Luly Diniz.
13/08/2021.9422472889?profile=RESIZE_400x

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Comentários

  • Que lindo Luly. Parabéns! :)

    • Marta Biscole, me lisonjeia com seu gentil comentário, miuto obrigada, tenha uma linda noite, beijinhos...

      Aproveito para informar que estou operada do ombro direito com apenas 11 dias da cirurgia, o que dificulta responder e comentar os poemas 

      expostos por todos do grupo, contudo farei o possível para não ser ausente ou ingrata com ninguém, peço desculpas a Marta por está usando o espaço 

      da  sua resposta para dar a justificativa do atraso nos agradecimentos, (desculpa).

      Boa noite a todos com o desejo que tenham uma noite de miuta paz, beijos....

       

       
  • Agradeço seu eloquente comentário, sei que é uma escrita tristonha, mas não há desespero qdo cremos que tudo é passageiro... Que onde a escuridão, tbm há luz. Boa tarde 🌹🌸🌸🌹

    • Tem razão, cara Luly. Bom fim de tarde (agora, aqui em Ouro Preto, neste fim de inverno, já se vai fazendo noite).

  • Cara Luly:

    Parabéns pelo seu intenso poema, que nos faz cismarentos, a pensar no claro-escuro do mundo. Podemos aventar a hipótese de que o que nos faz seguir na caminhada é que, por vezes — passado o meio-dia — a obliquidade da luz põe em relevo aspectos que até então  eram despercebidos, com a paisagem sendo alvejada pela chuva intensa de lúmens. E, então, de súbito, maravilhosamente nos damos conta de que há sutis belezas camufladas nos acidentes das colinas.

    Abraço do j. a..

    • Boa noite, aqui a noita já se vai....  Feliz amanhecer

      Abraço da Luly

  • Magnífico poema. Congratulações.

    • Boa tarde Efepê pelo seu gentil comentário, te desejo uma semanna magnífica,

      abraços...

      :)

  • Lindo poema, Luly!

    • Oh! Edith você é suspeita qdo comenta, seu coração imenso vê beleza em tudo, agradeço ter o seu comentário.

      Beijinhos :)

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