LAMENTO TRISTE
Raízes... ruídos... sons dissonantes...
O corpo curvado no caminhar lento se arrasta; segue...
Onde irá esses pés calejados; essas mãos com artroses,
Esses olhos já embaçados pelo tempo, lacrimejantes,
Coração ferido, cicatrizes ainda abertas em sangue.
Onde errei, onde meu mundo ruiu, posso ter mágoas?
O espirito em mim sagrado diz que o rancor é veneno,
A dor que habita nesse ser pequenino afoga-se nas lagoas
Do pranto contido, das lágrimas engolidas sem sano.
Na parede descascada o relógio parou ao meio-dia...
Lembranças de dias idílicos se apagam, morrem...
O cansaço vence a dor, o corpo fenece esfria,
Não há vontade de lutar, as esperanças se perdem...
Seguem no córrego que desagua no mar frio.
Deixo o lamento de quem lutou e perdeu...
De quem morreu antes de perder a vida.
Assino a dor de quem nunca foi entendida.
Deixo paz a quem fica, não quero despedida,
Vou só... no regato que deslembrou o caminho do mar.
Comentários
Que lindo Luly. Parabéns! :)
Marta Biscole, me lisonjeia com seu gentil comentário, miuto obrigada, tenha uma linda noite, beijinhos...
Aproveito para informar que estou operada do ombro direito com apenas 11 dias da cirurgia, o que dificulta responder e comentar os poemas
expostos por todos do grupo, contudo farei o possível para não ser ausente ou ingrata com ninguém, peço desculpas a Marta por está usando o espaço
da sua resposta para dar a justificativa do atraso nos agradecimentos, (desculpa).
Boa noite a todos com o desejo que tenham uma noite de miuta paz, beijos....
Agradeço seu eloquente comentário, sei que é uma escrita tristonha, mas não há desespero qdo cremos que tudo é passageiro... Que onde a escuridão, tbm há luz. Boa tarde 🌹🌸🌸🌹
Tem razão, cara Luly. Bom fim de tarde (agora, aqui em Ouro Preto, neste fim de inverno, já se vai fazendo noite).
Cara Luly:
Parabéns pelo seu intenso poema, que nos faz cismarentos, a pensar no claro-escuro do mundo. Podemos aventar a hipótese de que o que nos faz seguir na caminhada é que, por vezes — passado o meio-dia — a obliquidade da luz põe em relevo aspectos que até então eram despercebidos, com a paisagem sendo alvejada pela chuva intensa de lúmens. E, então, de súbito, maravilhosamente nos damos conta de que há sutis belezas camufladas nos acidentes das colinas.
Abraço do j. a..
Boa noite, aqui a noita já se vai.... Feliz amanhecer
Abraço da Luly
Magnífico poema. Congratulações.
Boa tarde Efepê pelo seu gentil comentário, te desejo uma semanna magnífica,
abraços...
:)
Lindo poema, Luly!
Oh! Edith você é suspeita qdo comenta, seu coração imenso vê beleza em tudo, agradeço ter o seu comentário.
Beijinhos :)