ÚLTIMA CARTA

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ÚLTIMA CARTA

Tu és destinatária desta carta:
Desnecessário rabiscar teu nome
E dizer de toda a dor que consome
O trovador que do sonho se aparta!

Despedida? Renúncia? Não me importa
A aparência que a realidade tome;
Tua falta será um cognome,
Pois saudade descrição não comporta!

Digo assim, sem receio: - Até breve,
Pois na roda do tempo, em algum lugar
Inda verei os lindos olhos teus;

Tanto porque sei, com certeza invulgar,
Que em dois credos a vida circunscreve:
Não existe morte, não existe adeus!

Nelson De Medeiros

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Comentários

  • Lindo demais.... 

    Soneto feito com esmêro. 

    Parabéns!!!

    Um abraço

    • Muito grato poeta por sua interação sempre positiva.

       

      1ab

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