Velha nova estrada

Pode ser que eu tenha desistido
Deixado ali uns sonhos encostados
Pode ser que eu tenha me esquecido
Do lugar exato das fantasias do passado

E de tudo que eu amava ficaram lembranças
Imagens tatuadas onde não poderia mais ver
Até que as travessuras aquelas só das crianças
Se tornaram mudas sem ter mais o que dizer

E aí repentinas todas aquelas solidões se encontraram
Numa só dor num grito como o sol que não vê a fresta
E deixa a sala escura os velhos silêncios que esvaziaram
Os bares e agora me calam o coração bem no fim da festa

Mas por algum motivo escrito no chão do outro lado da lua
A gente se encontra e não é à toa que foi na madrugada
De uma forma diferente a gente volta a ser moleques de rua
E ri e corre e sonha e sonha muito nessa velha nova estrada

Deus abençoe os que escolhem acompanhar
Carlos Correa

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Comentários

  • Bom dia, poeta. Como sempre sua escrita é prenhe de emoção e encanta. Parabéns

  • Seja bem-vindo, Dr. e poeta Carlos e com saúde! Teu poema é o símbolo da beleza e da liberdade poética! Sim, cada verso foi alforriado da métrica clássica! Eu diria que, o amigo não só escreve, ele liberta! Parabéns e um forte abraço! #JoaoCarreiraPoeta.

  • Carlos

    um versar muito bonito

    um abraço

  • Belíssima música com Oswaldo Montenegro.

    As palavras criam um bordado poético em lindos versos... Todos os versos muito lindos e expressivos.

    São muitas reflexões do Poeta.

    E ri e corre e sonha e sonha muito nessa velha nova estrada....Com certeza amigo Carlos Correa, e velha estrada está nova para seu caminhar.

    AB fraternos prezado Poeta 

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