Vibratórios ardendo
Nasce em meu peito, uma enorme e indelével fonte
de inspiração. E, em meu destino, uma pira de aberrações.
Um carnaval carnal, de bárbaros prazeres, fervilham
num mundo cruel de devassidões, sem precedentes.
Controvérsias, em belos e lindos quadros, são mortificados.
São transformados em fogueiras crepitantes, ardendo dentro
de um espaço falso, doente. Sinto, despencar por um abismo,
meu corpo inerte sem replicar. Passivo, indulgente e frio.
Sinto meu corpo despencar por um desfiladeiro sem fim.
Enquanto... Poemas fluem inutilmente, junto as margens
Das estradas. Arborizadas e fertilizadas sentindo os versos
Inspirados na fantasiosa teia que tecem, corações inocentes,
Crédulos por verdade, aguardando por um quadro rico, detido
Em nimbo, de vibratórios ardendo em suas mentes purificadas
José Lopes Cabral
Comentários
Oi José, lindo teu soneto. Pura poesia!
Parabéns pela obra!
José cadê a tua foto de perfil?
Soneto de extrema beleza e lirismo! Felicitações