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AO POETA ANCIÃO
Eri Paiva
Na idade dos anos que o tempo levou,
Vezes tantas repete, com serenidade,
Histórias, vitórias, recados de amor,
Imagens lendárias, explosão de saudade…
O dito de agora, de hoje e de sempre,
De ontem ou de antes, tido verdadeiro,
N
Amar é estar presente, no momento certo,
Mesmo que seja imperativa a tua ausência,
De alma e coração teremos que estar perto,
Isso estabelece-se na própria consciência;
Amar é sentir o que o outro sente,
Muito antes de ele nos poder contar,
É ter, sempre
Uma sábia pomba que o seu voo para
para na tua mão alegremente pousar
como se pousasse numa árvore rara
onde uma rara luz espera o despertar.
Orientada por um perfeito sentido
atraída pelo que ninguém vê, pousa
no ser, que ainda num mundo dividido
d
Se eu soubesse que seria
A última vez que eu estaria
Aconchegada nos seus braços
Eu a noite inteira lhe beijaria!
Se eu soubesse que tudo mudaria
Que a maldade chegaria...
Mudando todo o roteiro
Eu contigo para outro lugar fugiria!
Se eu soubesse que o
Houve um tempo em que não haviam flores
E ainda que o infindável painel da natureza
Captasse o brilho de espíritos superiores
Faltava algo para que completasse sua beleza
E de algum lugar que não sei onde mas sinto
Os anjos sob o encanto de um flautis
Passa na Praça
De manhã ou detarde
Não importa se o Sol arde
O que vale é varal de Poesias
No Varal voando ao vento
E as pessoas passeando
O Coretp com a Bandinha
O pipoqueiro a sorrir
As Pombas catando fiapos de pão,
Passa na Praça que a Arte te abraça.
Nada de novo sob o sol
— J. A. Medeiros da Luz
Ah! O velho Sêneca, tão dado a consolações!
Vivesse hoje, argentário embora,
Com seu metódico discurso
De o mais estoico dos ascetas,
Montaria suas termas — sua tenda —
Com determinismo de engrenagens acoplada
Sonhei...
Num clima propício ao amor me entreguei.
Naquele momento gritava a emoção
Em êxtase ah, tão inocente te amei!
Sentindo o perfume do teu corpo em unção.
Nos raios luzentes o meu coração
No acordar do dia com sol, procurei...
Senti do pensar
Sonhar
Sonho para viver
Vivo para sonhar
Que às exatas expectativas
De esperada esperança
Alimente-me de pavilhão
Em toda minha andança
De não saber quando parar
De saber quem mais querer
Não me orientem denotativas
Meu furor renasça do coração
Com aninho,
O prazer da Aglutinação
O afago do lago maré marolinha
Andorinha esboça minha aptidão
Voa para lá e para cá sem parar
Sem destino tal meus pés descalços
Esperança no céu uma estrelinha
Vida minha entrementes retidão
Pensamentos dispersam
São milhares de universos...
Ocupando cada um o seu espaço
Cada um tem milhares de neurônios
Em cada um há uma caixa de segredos.
Acho que somos muito complicados
Acho que cada um vem com bagagens
Com ensinamentos e crenças...
Cada pessoa é um univer
A noite pode ser tão fria quanto vazia
Tão longa quanto uma estrada sem destino
E aquele assobio que nunca jamais silencia
Me assombra me lembra como sou pequenino
Eu estava passando e você me chamou atenção
Fui atraído por essa pequena tocha que crep