No passadiço da solidão esvai-se um poente
Qual lamento rechaçado pela ilusão tão mercenária
Até desfalecer numa hora quase centenária
Indolor o silêncio afaga um eco quaternário
Musicando um naipe de oitavas arbitrárias
Dançando numa rima feliz e tão gre
Preciso de você cada vez mais
Se estás aí e pode me ler
Quero apenas te dizer
Que preciso de você cada vez mas.
Não dá mas pra ficar sem você.
Isso se chama amor.
Nunca foi fácil
Ficar sem você.
Deixar você
Foi muito difícil.
Será que sabe o quanto e
Como imaginar?
Como eu poderia saber?
Que uma tristeza intensa
Iria me ensinar a aprender
Esse carinho de vocês.
Como imaginar algo assim?
Em uma noite angustiada
Pedi ajuda carinho a vocês
Imediatamente aconteceu.
Me senti tão amada
Me senti tão q
Sede do teu amor
Essa sede de você
Faz minha boca querer
A tua boca na minha
Quero beijar você.
Sede do teu amor
Meu corpo estremece
Minhas mãos ansiosa
Não me obedecem
Querendo tocar você
Querendo me saciar
Esse sede de você
Me faz delirar.
De
Eu te amo... Te amo... Te amo tanto...
Não me canso jamais em repetir...
A tarde rumoreja, num encanto
que parece dizer do meu sentir...
Eu te amo... Te amo... Te amarei, enquanto
uma flor sobre o chão ainda existir...
Um raio de luz... Uma sombra... U
Minha alma chora nas noites sem luar,
a dor de um coração amargurado...
Como no alto de um cerro desolado
uma árvore sozinha a murmurar...
Como chora o céu cheio de pesar...
Como chora o jardim despetalado...
Ou na ponta de um galho desfolhado,
o corvo mela
Luz… Sublime luz… Celestial, talvez…
Como haveria de, enfim, explicar?
De uma estrela nos céus a cintilar...
De uma chama em dourada lucidez…
Luz… Suave luz… Que acarinha a tez…
Delicada como um véu de luar…
De um abajur o sono a me velar...
Luz de cristal
Sei que virás... O coração pressente
a tua sombra na luz que debanda…
A hora chegará tão docemente,
como um perfume suave, de lavanda.
Plange a torre, longe e soberbamente…
O relógio em monótona ciranda…
E não tange a sineta reluzente
no seio ensombrecido
Leve, de pés descalços, a girar,
chuva de pétalas a cair sem fim...
Raios de sol a te acortinar...
Braços abertos aos quatro céus… Sim…
Carícia delicada no olhar,
toda vez que te voltas para mim...
Doce perfume pondo rosas no ar,
como se caminhasses n
Eu, que dos dois fui o mais sonhador...
Eu, que te trouxe buquês de carinho...
Sorvi o fundo da taça do teu vinho...
Até beijei do teu portão a flor…
Eu, que bordei com o amor maior,
meu coração nas fimbrias do teu linho...
E uma sombra plantei no teu cami
Confissões de um amante...
Seu corpo ao leito beijei,
foi como me aventurar,
como aos céus subir,
sem nada pra segurar...
E os seus seios eu senti,
senti meu peito furar,
tão rijos, seus mamilos,
são botões a me tocar...
Ah, mas eu deveria...
Deste grande e lo
Há em seu caminho,
Aquela dor que arde em teu peito,
Silêncio de mil vozes,
Gritando aos teus pensamentos,
Moldando tuas emoções,
Mágoa insolente desventura,
Pesar amargo contrito,
Fortuito ressentimento causado.
Há em teus olhos,
Mais que lágrimas,
Horas mansas que trazem nostalgia...
Horas estranhas de doçura e fel...
Que tudo se aquieta, silencia,
como uma melodia que morreu...
Horas mansas, que a brisa acaricia...
Que a nuvem desfia-se no céu…
Sensação obscura, fugidia,
de tudo que se foi... E se p
Olhas os céus na ensombrecida hora,
quando a primeira estrela irradia...
E a brisa em tua fronte cismadora
tem notas murmurantes de poesia.
Olhas os céus, noturna, sonhadora,
quando a lua entre nuvens se anuncia...
E te deixa com um olhar que ora
aos sinos
Dias de solidão sob os beirais...
De silêncios, de vagos apogeus...
Que na praça de folhas outonais
a igreja branca aponta frios céus…
Que as almas frágeis se irmanam mais...
Horas cinzentas agitam os véus...
Também as borboletas nos quintais
desfolham–se,
Veja,
O poeta do luar,
Alphonsus de Guimarães
De alma nua,
De mãos dadas com sua amada,
Diante do Dante negro,
Cruz e Souza,
Com suas penas cintilantes,
A estimar o trovador da liberdade,
Castro Alves,
Enquanto Dante,
Divinamente inspirado
Somos muitos,
Mas poucos.
Conhecemos a história
Dos líderes, dos mártires e dos poetas.
Castro Alves em lindos versos,
Chama atenção à liberdade
De expressar a eterna saudade.
Drummond não mais voltará à Itabira,
A Vale comprou tudo.
Noel Rosa sempre olhando
Flertei o amor ao teu desejo,
Persuadi tua timidez deixando-a livre,
Desabrochei teu botão em flor,
Refrescando-a suavemente feito névoa,
Dando-lhe meu manto para cobri-la,
Aquecendo-a com meu carinho.
Cantei aos teu ouvidos faltos,
Emaranhei-me em t
Quando o ipê roxo floresce
Abrindo suas lindas flores.
Abelhas serenam sobre elas
Voando e trombando entre si.
Um descuidado beija-flor
Abre as asas no galho superior.
Não se importa com quem o vê.
Bate suas lindas e frágeis asas.
Uma mosca voa rapidamente
