Vermes insaciáveis

Vejo aproximar á noite sombria

O silêncio é vil apavorante

E sinto um arrepio delirante

A cena horripilante me inebria.

Vi o cair da mortalha que cobria

Meu corpo parco, débil expirante

Senti mexer o verme devorante

No meu seio, ninguém o ludibria.

Irão me devorar estes malditos

O esquife no sepulcro entra descampa

Conhecerão os segredos mais recônditos.

Nada de sua fome foge escampa

Pois, eles são vorazes inauditos

Restarão os ossos, cãs na minha campa.

ILÁRIO MOREIRA

22/08/2017

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Comentários

  • This reply was deleted.
    • Obrigado, poetisa amiga, pela visita e comentário gentil, sou seu fã. Abraços, paz e Luz!!!

  • Eita! 

    Soneto gótico....Adorei...Parabéns Ilário...Um abraço.

    • Obrigado, poetisa amiga, grato pela visita e comentário gentil. Abraços, paz e Luz!!!

  • Bravo pelo genial soneto gótico, grande Ilário.

     Sem palavras...

    Só relîr e aplaudir, entanto aprendo.

    Demais.

    Beijos

    • Obrigado, poetisa amiga, pela visita e comentário gentil, fico muito grato, Sou seu fã. Abraços, paz e Luz!!!

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CPP