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Glosa - Invasão da Alma

Invasão da Alma
Glosa

Mote:
"castigando sem dó toda a alma co' açoite
fazendo - me sentir um alpendre quebrado!"

Invasão da Alma

Quisera ter a doçura duma lágrima
que rola dos olhos da mãe, cai calada
invadindo a vida pela madrugada
quando a despedida chega qual a água
da enchente, no coração e que deságua
num momento inoportuno... Inesperado
que adentra no silêncio enluarado
trazendo a escuridão para a bela noite,
castigando sem dó toda a alma co' açoite
fazendo - me sentir um alpendre quebrado!

Márcia Aparecida Mancebo
03/05/24

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Num lance

Num lance

Momento outonal é o que estou recordando
As folhas caídas no chão tem perfumes
Esse olor sentido, ah! Estou divagando
Minha alma está feliz sem nenhum queixume!

A paisagem é renovada co' o vento
Divago ao voltar no tempo, ah, fantasia!
Esse aroma impregna no pensamento
Vestindo - me com a roupa da magia.

A magia em poder degustar num lance
bastando apenas fechar os olhos, ver
O passado colorido, com nuance
e o redemoinho que leva o viver.

Desejo que a vida seja sempre assim
Um belo espetáculo aos olhos qual tela
E esse momento traga lembrança a mim
Co'o forte vento a bater na janela!

Márcia Aparecida Mancebo
02/05/24

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Harmonia e paz

Harmonia e paz

Boas sintonias atraem amigos
Pois, viver sozinha não é saudável.
Desejo que pessoas sigam comigo.
Gosto de ser com amigos, agradável.

Sozinha é difícil vencer o caminho.
As pedras poderão machucar os meus pés!
Seguindo com as mãos dadas com vizinho
tenho alguém para me ajudar no revés.

A vida oferece, sim: felicidade;
A todo aquele que sabe conviver.
É um ato tão simples e, na verdade:
Exige com bons olhos, o outro, ver.

Aprendi muito cedo o que é a harmonia.
Comparo a harmonia co 'a noite estrelada:
Quando contemplo a bela luz que irradia:
Sinto a minha alma ser por Deus abraçada!

Márcia Aparecida Mancebo
03/05/24.

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Serei águia

Serei águia

Assim que a borrasca acalmar a minha alma
pronta estará para voar às alturas
Meu ser estará ativo e estarei calma
para enfrentar dos meus dias as agruras.

Serei então qual águia destemida
Que carrega no coração todo amor.
Para o alto irei pairar sem medo da brida,
livre, sem dor, em etéreo fulgor.

Qual águia com asas, terei proteção
E meu coração flutuará na dança
de uma melodia muda da paixão
Na força infinita encontrará mudança

A tempestade passou, a alma abrandou,
O coração cheio de amor e ternura
reconquistará o que na terra deixou.
Foi neste voar, nesta doce aventura
Que a beleza da vida ressuscitou.

Márcia Aparecida Mancebo

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Renasci!

Renasci!

Ressurjo das cinzas com tanta alegria
Deixando de lado o tempo passado
Com a face corada, feliz e macia
Co' a messe cumprida de todo um legado.

De tanto chorar as lágrimas secaram
Olhos ora fosco, voltaram brilhar
Os lábios vermelhos risos brotaram
E com intensidade voltei a sonhar.

Com tanta vontade da lida encarar
Caminho sem pressa pra não me cansar
De longe uma miragem eu vejo acenar.

Aceno tão terno das curvas vencidas
Sentindo um alívio por ser aguerrida
Começo a sentir o perfume da vida!

Márcia Aparecida Mancebo

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Memórias de outonos

Memórias de outonos

O vento ao passar deixou folhas no chão.
Não foi de propósito, é o outono chegando:
com a ventania qual triste canção
que vem lá de longe... Chega aqui chorando.

E num rodopio as folhas a voar
Caindo no solo e ao se espalharem
Fazendo a minha alma triste suspirar
verter dos olhos... águas rolarem

Momento outonal com flores abrolhando,
Co’andorinhas em pares, voltando aos ninhos
Nas tardes com vento e folhas voando
Eu aqui da janela olhando sozinho
Com o pensamento me torturando.

É nesse momento que vem á memória
As recordações dos outonos passados;
Tão cheios de sons e de belas histórias,
De suave perfume e dos passos traçados
Da infância feliz repleta de glórias

Márcia Aparecida Mancebo

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Penso assim...

 

Penso assim…

A vida é uma estrada com atalhos, sim.
Há muitas curvas, às vezes sem setas,
no ar paira um suave olor de jasmim
principalmente onde a via é reta.

É galante, por ter atalho e olor.
Se eu não tiver conhecimento, afundo
e caio num poço profundo sem cor
e num furacão de atrativos me inundo.

Por isso caminho com muita cautela.
Pois, na leitura muito cedo aprendi
Ando sem ter pressa nessa bela tela
Creio que foi isso; cheguei até aqui!

Sigo conjugando sempre o verbo amar
Sinto ser esse o meu pretender.
Sou exagerada para despertar
bom sentimento no modo de viver.

Sou preciosa neste vasto jardim
que é a vida com atalhos e perfumes
Para esquecer as mazelas, sou assim
Sigo sem medo afastando o queixume.

Márcia Aparecida Mancebo
26/04/24

 

 

Atividade do grupo Desafio Poético ( Suave… leitura… conhecimento… despertar.)

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Sozinha

 

Sozinha
 
A vida longa viagem
Um desafio ao meu ser
É nessa linda paisagem
Que necessito viver.
 
Passarela colorida
Onde estou a percorrer
Faz - me chorar comovida,
 pois, sigo sem meu querer.
 
Sem arrogância a seguir
Vou desbravando fronteiras
Com alegria a sorrir
Quero vencer as barreiras.
 
Pretendendo assim trilhar
Sendo de todos, irmãos
E com olhos a brilhar
Sentir paz no coração!
 
Márcia Aparecida Mancebo
 

 

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A lista

A lista

Fiz uma lista de todos os amores
De quem marcou mais e quantos me amaram
de quem inda guardo pétalas de flores
mesmo, envelhecidas perfume deixaram.

E, nesta lista há nome riscado
Que já não lembro o porquê risquei
Na memória não o tenho guardado
Sequer seu semblante na mente guardei.

De todos os nomes nenhum eu amei
Era tão jovem para compreender
E quando penso na lista eu não sei
para onde foram, onde estão a viver?

Hoje entendo que os fiz padecer
quando a solidão traz para a lembrança
Quanta arrogância nenhum escolher,
pois, esta vida é cheia de mudança
se estou sozinha foi por meu querer.

Márcia Aparecida Mancebo.

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No outono...

No outono…

Quando vejo abrolhar ao nascer o dia
as belas orquídeas que o outono enfeita
e um pé de rosa que ao nascer tardia
tão pequena, mas o olhar não a rejeita.

Não há como não sentir o forte vento
sem notar que folhas passam voando
E nesse instante vem ao meu pensamento
Que lentamente o tempo está mudando.

De agora em diante a cada amanhecer
As folhas estarão forrando o chão
e o sol não será tão quente ao entardecer
e nas noites verei no escuro, clarões.

É no outono que vagueia a minha mente
Volto ao passado repleto de lembranças
E vejo - me a brincar no prado, contente.
Como no tempo que era uma criança!

Márcia Aparecida Mancebo
25/04/24.

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Leveza na alma

Leveza na alma

Enfrentando os entraves da lida
Levo na face o sorriso estampado
E no coração a esperança ávida
Para que eu veja esse mundo encantado.

Com flores coloridas pelas estradas,
com estrelas brilhando nas escuras noites,
com pétalas rosadas pela jornada
E somente alegria sem nenhum açoite.

Assim sigo a trilha que leva - me ao sonho
Sentindo uma leveza em minha alma
Uma fé que o caminho não é medonho,
Pois a bela natureza me traz calma.

Essa minha alma poeta me é venturosa
Que meus olhos veem uma luz que irradia
em cada botão formoso de rosa
Que vejo abrolhar quando nasce o dia!

Márcia Aparecida Mancebo

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Missão

Missão

Respeito e amor poderão mudar o mundo
Se cada ser,for aceito, do seu jeito
E se as palavras tiverem som fecundo
Os olhos não verão com preconceito
e, todos serão irmãos co' amor profundo.

Por certo as guerras terão um belo fim
Os povos unidos, um mesmo objetivo
Sem ganância e poder estarão a afim
de alastrar a paz, de um jeito coletivo,
qual as flores vivem num mesmo jardim.

Se é utopia pensar como penso;
sou poeta louco cheio de ilusão.
Pois, não gosto de viver sempre tenso
Sem paz e com medo no coração
Anseio no mundo amor, amor intenso.

Mesmo sendo sonhadora lutarei
Para que a vida seja valorizada
E por esse lema assumido irei
Semeando nas margens das estradas
lírios da paz, pois a paz exaltarei
Esta missão que a mim, foi outorgada
Enquanto estiver trilhando esta jornada.

Márcia Aparecida Mancebo
15/04/24

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Reflexão

Reflexão

Não bata na minha porta, não estou.
Saí para me sentir um pouco só
Não tenho rumo certo, mas eu vou.
Vou caminhando mesmo que, tenha pó.

Já não importa que chova ou faça sol.
Quero entender o que acontece comigo.
Quero andar, andar até ver o arrebol
Quem sabe no caminho encontre abrigo.

Um abrigo diferente do que tenho
Que seja simples e que não tenha luz
O conforto, hoje não quero, me abstenho
Preciso estar só com a minha cruz.

Se Jesus carregou sem reclamar.
Sentiu solidão e sangue chorou
Quem dera nos seus braços, poder chorar
Para entender quem realmente eu sou.

Márcia Aparecida Mancebo

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Vaso novo

Vaso novo

Quando vejo em pleno outono nascer
flores coloridas no meu jardim,
sinto - me renovada, sou um novo ser.
Invade-me uma alegria sem fim.

Vida nova, transmutação que a estação oferece
fazendo meu coração forte pulsar
O amor me domina em forma de prece
ajoelho - me e agradeço para rezar.

Palavras saem perfumadas da alma
Com sinceridade, no papel, lavradas
Sou absorvida pela paz e calma
e por Deus das alturas sou muito amada.

Por mãos divinas sinto - me modelada
E um qual um vaso novo ressurgirei
para seguir até o fim da jornada
e atingindo a plenitude estarei.

Márcia Aparecida Mancebo
15/04/24

Atividade do grupo Desafio Poético - palavras
Nascer- amor- sinceridade- transmutação

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Saudade ingênua ( Poema sobre uma imagem)

Saudade ingênua

Saudosa lembrei aquele amanhecer
com alegria infinita a me abraçar
De um tempo belo que tive em meu viver
Hoje resta — me apenas rememorar
condenada a viver só de lembrança.

Nós dois e o violão, ah, quanta ternura!
Não posso reclamar que a vida é má.
Pois, o amor cobria — me de ventura
E eu sou feliz por ter o que recordar!

Ainda ouço a tua voz e a melodia
E a tua face feliz quando cantava
A noite amanhecia, era quase dia.
Lindo clarão que a manhã iluminava!

A canção marcou com flores minha vida
com uma saudade ingênua e mansa
Que o riso cai molhado e comovida,
pois, na alma eternizei essa lembrança.

Márcia Aparecida Mancebo

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Novo céu

Novo céu

Para os meus sonhos não há explicações
Aparecem e levam - me ao extremo
Nesse sonhar há tantas interrogações
Diante desse mundo sinto - me pequeno!

Estou sempre a procura de um novo céu
Adentro num túnel e subo uma escada
E nessa fantasia solto-me ao léu
Como se fosse atingir a madrugada.

É pela madrugada que o pensamento
faz com que eu sinta a vida qual caracol
com muitos degraus para ao topo alcançar.
Nesse caracol todo o meu sentimento
enrola - se nos anos… não vejo o sol.

Apenas um clarão sem descrição.
Se é o novo céu, não sei como explicar,
pois, vem de tão longe essa imaginação
É a incógnita que vive a torturar
Esse meu sonho sem solução!

Márcia Aparecida Mancebo
26/08/23

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Velha estação

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Aqui volto pra rever este lugar
E sinto minha alma apertar de emoção
As lembranças boas vou longe buscar
Revisito a velha e querida estação.

A estrutura do prédio está em pé
O telhado fora embora com o vento
A pintura desbotada no rodapé
Inflama de saudade o pensamento.

O tempo não corroeu trilho e gramado,
A paisagem envelheceu, foi descuidada
O vilarejo hoje é desabitado,
Mas guarda instante de forma inusitada!

Ainda lembro - me do trem, o último apito
E do barulho dos vagões sobre os trilhos
As chegadas eram acenos e gritos
Agora são estrelas por onde trilho.

Márcia Aparecida Mancebo
12/03/24

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Quanta saudade!

Quanta saudade!

No íntimo trago a saudade guardada
Das tardes mornas de verão a beira-mar,
do cochilo na areia na madrugada
e da branca lua a me cortejar.

E a mente a relembrar, longe, a mocidade
Quando a noite galante tão transparente
propiciava um beijo, ah! Quanta saudade
do tempo que o amor era chama ardente!

Hoje resta pela praia caminhar
Com lágrimas escorrendo tão quentes,
E ao sentir a onda os meus pés molhar
Ah! Enalteço este mar tão deslumbrante!

Com capricho se revela a natureza
Com brilhos e cores refletindo n'água
Que ao contemplar essa imagem tão bela:
Presente do Criador pra curar mágoas.

Márcia Aparecida Mancebo

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Unção

Unção

Quando o tédio me assola pela noite
E os sintomas torturam minha mente
Sinto que sou maltratada pelo açoite
Com saudade de um tempo tão contente.

Surge qual um raio silencioso
Não há magia que apague da memória
A lembrança de um passado maravilhoso
Que o tédio quer transformar em triste história.

Então, ajoelho - me pronta a oração
Pra que a história venha bela e colorida
Que não torture o meu velho coração
Mas, traga sim, mais sentido para vida.

E aos poucos sinto o tédio ir se embora
Sou ungida pela paz do meu Senhor
Momento de cura envolve- me nesta hora
E minha alma adormece de tanto amor!

Márcia Aparecida Mancebo

 

 

Atividade - Desafio Poético

Magia, sintomas, cura, oração

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