Em busca de mim
É noite e perambulo no vazio, entre pedras
Caminhos incertos, visão diáfana me atordoam
Quero voltar para sair sem ranhuras dessa aridez
Buscar o amor e a paz que em meus sentidos ecoam.
Ouço o açoite do vento que me sacode nesse ermo
Não há lirismo, tudo é soturno, não há melodia
O que era suave orvalho virou denso inverno
Senti a alma deserta, imersa em nostalgia.
Trevas me envolveram, lágrimas rolaram frias
Do céu tão escuro, ausência da luz e das estrelas
Pedi socorro à lua, mas só ouvi sons de nostalgia
E, friorenta, pedia às nuvens para aquecê-la.
Eu, como a lua, sequiosa de calor e luz, implorei
O retorno a minha condição anterior para sonhar
Com um lugar que me aquecesse, assim pensei
Queria ver brilhar o sol e desse pesadelo despertar.
Mena Azevedo
Comentários
Muito obrigada, Márcia! Bjs.
Muito obrigada, poeta Sam! Bjs.
Muito obrigada, Angélica! Bjs.
Obrigada, querida Marta! Bjs.
Obrigada, Marso! Bjs.
Querida SDafira, linda formatação! Muito obrigada! Bjs.
Obrigada, querida Cristina! Beijos no coração dessa poeta que amo!
Muito reflexivo. As vezes nessa busca, nos perdemos ,para nos encontrar. Amei.
Obrigada, Zana! Te amo, querida! Beijos!
Deixou-me bem habituado, vim aqui, direto na fonte me saciar dos seus reversos.