Não sou a voz

Não sou a voz

 

Não sou a voz que escreve a poesia

O pensamento chega no vazio

Do tempo que transcorre sem alegria

Desde o momento em que o amor sumiu.

 

Mas o poema está dentro de mim

Vago, sem alma e cor, sem sensação

Que dê algo eficaz, que traga o fim

De uma dor que machuca o coração.

 

Sou o canto, mas não sou o autor

Sou o pensar tristonho, não a voz

Que voa pelos ares como flor.

 

Por isso meu sentir não tem a cor

Do arco-íris do céu, do voo veloz

Dos pássaros que cantam sem temor.

 

Mena Azevedo

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Mena Azevedo

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Comentários

  • Obrigada, Sam! Feliz Natal e um Ano Novo

    com muita paz, amor e harmonia. 

    bjs.

  • Cada vez mais inspirada poetisa, gosto de beber da sua água!

  • Edith, querida, receber tua visita é algo

    de maravilhoso! Muito obrigada por tudo! Bjs.

  • Sim, Adria! Ninguém vive sem amor! Muito obrigada pela visita! Bjs.

  • Elaine, querida, muito obrigada pela visita! Bjs.

  • Nieves, minha querida poeta e irmã,

    que Deus a Abençoe sempre! Muito

    obrigada pela visita! Bjs.

  • Meire, obrigada! Bjs.

  • Amigo Vilmar, muito bom te receber aqui!

    Fico muito feliz! Bjs.

  • Oi Maria Helena, não sabes como fico feliz

    com tua visita! Obrigada! Bjs.

  • Obrigada, Edith! Bjs.

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