QUERÊNCIA

Quero despir vaidades,

admirar a nudez na claridade,

ver o puro, a pele, a forma,

me encantar com o que transtorna,

enxergar sem subterfúgios,

derrubar todos os muros,

realçar predicados,

orientar amargurados,

programar bons futuros.

Quero provar a insanidade -

bordas das regras

que limitam a sociedade -,

dissecar a tal bondade

conveniente à falsa felicidade,

encarar angústias,

apontar astúcias,

me purificar.

Quero mudar minha ótica,

me conformar com a robótica,

provocar curto-circuitos 

nos chips direcionados

à resultados fortuitos.

 

Quero ser gauche sem intuitos...

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