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Regras

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1. Todos os membros podem partiicpar.

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2. Todos os textos devem ser postados na caixa de comentário principal abaixo e sem formação.

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3. As composições devem ter corelação com a imagem proposta.

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4. É permitido comentário nas obras.

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5. A prosa poética deve ter, no máximo, meia lauda.

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Boas composições!

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Respostas

  • A Voz do Silêncio

    Ela surgiu entre as águas, como quem responde a um chamado antigo. Vestia o azul do céu profundo e o silêncio das manhãs orvalhadas. Seu vestido, leve como prece, abria-se ao vento, deixando à mostra a coragem guardada na fenda, não era pele, era caminho.

    Ao lado, o cavalo branco, símbolo de pureza e força, parecia saber que ali estava uma mulher que escutava com a alma. Os dois não precisavam de palavras: bastava o olhar, o sopro da brisa, o rumor das cachoeiras tamborilam as águas e suas pedras.

    Tudo nela era comunhão: a água que cai, a luz que toca, o som que não se ouve mas se sente. Caminhava como quem veio de longe, como quem traz dentro de si uma aurora viva.
    E ao atravessar o tempo com a leveza de quem crê, ela deixou no ar um vestígio de eternidade.
    Therezinha Sant’Anna, 06/07/25

    • Parabéns pela excelência da escrita. Abraços

  • Entre quedas e silêncios

    Vestida de brisa e mistério, ela caminha com os pés quase tocando a terra, como se o mundo não a contivesse por completo. Seu vestido azul-petróleo se abre ao vento como um suspiro, deixando que a fenda desenhe no ar uma trilha de liberdade. Ao seu lado, um cavalo branco , belo e sereno espelha sua alma indomada.

    Diante das quedas d’água que rompem a paisagem em véus de espuma, o tempo parece respirar mais devagar. A natureza reverencia sua presença: folhas silenciam, águas se curvam, e o céu aguarda.

    Ela não pertence ao hoje, nem ao ontem. Carrega em si o eco de outras eras — mulher de silêncio que fala com o vento, de olhos que sabem ouvir o canto das pedras molhadas.

    Ali, onde o sonho roça o real, ela é lenda. E quem a vê, jamais esquece.

    Therezinha Sant’Anna, 06/07/25

    • Exuberante prosa! Palmas a ti

  • Nos braços da noite

    Deslizávamos pela noite, como se o tempo fosse nosso cobertor no passeio. Num trotear calmo seguimos. Eu sentia o cheiro nos eucaliptos enquanto no céu estrelas tremeluziam.

    Cada passo era marcado como o relógio do tempo, levando-me ao sonho restante no fim da jornada.
    Ao acariciar sua crina esvoaçando ao vento, senti o quanto eu era ligada a esse ser que conversava comigo balançando a cabeça.

    Na escuridão, a estrada perdia a paisagem. Estava cansada, ansiando chegar logo ao paradeiro.
    O cheiro do mato, o tatear da crina, o relincho baixo eram alentos para pôr em ordem os pensamentos.

    Tudo era sentido naquele instante, naquela caminhada lenta e evocativa da natureza que adormecia nos braços da noite.

    Márcia Aparecida Mancebo
    06/07/25

    • Maravilhosa Poesia.

      Parabéns Prezada Poetisa Marcia Aparecida Mancebo.

      Sempre uma inspiração para nós, leitores.

      Abraços fraternos amiga 

  • Ao chegar a noite 

    O céu vai escurecendo lentamente, os últimos raios do sol se despedem atrás das montanhas.
    Caminhamos, envoltos pela brisa fria sussurrante como se o viver falasse baixo para não acordar as estrelas.

    Sinto o frio, e a cada passo o sombreado toma conta do campo e a paisagem se transforma ao som dos cascos unindo-se a sinfonia dos grilos… assim, nasce canção da noite.

    Diminuímos o compasso. A noite não exige pressa na chegada. Passamos por uma paineira antiga, suspiro fundo… e tudo parece suspenso: o tempo, o cansaço, até os pensamentos.

    Acaricio sua crina iluminada pela primeira estrela. Naquele instante, somos apenas dois em meio a paz deslizando pelo escuro, como se estivéssemos enlaçados em um segredo.

    Márcia Aparecida Mancebo
    06/07/25

    • Aplausos, Márcia. Flores a ti

    • Mais uma Linda postagem com esta Poesia Ao chegar da Noite.

      Parabéns Prezada Poetisa Marcia Aparecida Mancebo 

  • Um passeio ao entardecer

    Puxo as rédeas suaves, mas é ele quem guia. Meu cavalo acompanha meus passos sem pressa, como se entendesse que, mais do que destino, busco passeio. Seus olhos brilham na tarde, refletindo a luz do sol que se despede.

    Ao nosso redor, o campo sussurra. O vento roça a sua crina e ele dança ao som do silêncio.
    Andamos lado a lado, como velhos amigos que não precisam palavras. Sinto que basta o compasso dos passos, o som das folhas secas sob os cascos. É uma leveza, estaremos juntos.

    A vida parece esquecer o peso das horas enquanto seguimos. E eu, com uma das mãos em sua juba e o coração desarmado, sinto o chão se afastar pouco a pouco.
    É como se caminhássemos em um sonho real, o suficiente para ser lembrado e o bastante para ser eterno.

    Ele relincha baixo e entendo como um sorriso, pois naquele instante, no entardecer, somos
    dois seres livres, passeando por dentro da poesia do momento.

    Márcia Aparecida Mancebo
    06/07/25

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