BORDANDO A SAUDADE


O ziguezague da máquina de costura
Cantava em meu pensamento
O velho vestido de baile
Na festa dos meus 15 anos
Que bela admiração

Em suas curvas suaves o vestido
Com tons dourados aperolados
Um longo em grife de seda
Da linhas a desfiada beleza

Bordando meus pensamentos
Das alças finíssimas lembranças
O bustiê em cetim realçando a loireci
Acompanhada com meu amor
No baile dos sonhos a dançar

De tudo que ficou no tempo
No fio da linha sem sentido
O vestido já não serve mais
Onde andará meu amor?
Que o tempo levou?

Suspiro saudades alivio a alma
Na realidade da dança da moda
Fui bordando a esperança
Lembrando do meu amor atual

O ziguezague da máquina parou
O novo look ficou prontinho
Na esperança bordada
No enlace da linha da vida.

Tânia Melo

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