"Me deixem voar sem asas.
Me deixem me perder por aí.
Eu quero ter muitas casas...
Eu quero sorrisos, eu quero sorrir.
Não tenho a alma rasa,
eu tenho a alma em brasa,
me deixem sempre partir..."
"Me deixem voar sem asas.
Me deixem me perder por aí.
Eu quero ter muitas casas...
Eu quero sorrisos, eu quero sorrir.
Não tenho a alma rasa,
eu tenho a alma em brasa,
me deixem sempre partir..."
Entre muitos olhares a encontrei,
foste o meu sol em dias nublados.
Tocar-te foi explosivo, surreal,
foste um intenso poema recitado.
Seus feitiços são minhas prisões,
e seu sorriso trilhas para a felicidade,
tornei-me seu em todos os meus dias,
fomos um berço radical de afinidades.
"Eu recito nas pautas
o acorde melancólico,
minhas notas tristes
revelam o poeta bucólico.
Entre os prazeres e a dor,
perco-me sem diretrizes.
És tu a minha melodia
que roubou minhas raízes.
Já não sustento o sorriso,
tampouco, a alegria,
o desfastio é infeliz
e o desprazer é euforia."
(Desouza Santos)
"Como faminto te anseio
sobre o meu corpo pedinte,
saboreando-me com afinco
e transbordando requintes.
Ludibria-me com tanta perfeição
que este frágil moribundo
cedeu ao seu amor excêntrico,
perdendo-se neste mundo.
A ti canto, ninfa minha,
esta Ode à misteriosa
que deu-me bárbaros motivos
para sentir a paixão impetuosa."
(Desouza Santos)
Sem Saber amar
Em minhas veias correm ansiedades que
serpenteiam em meu corpo frágil,
e todas as minhas fantasias te desejam
ferozmente nesta alma tão volátil.
O que dizer desta insanidade,
se para amar eu sou completamente inábil?
DESOUZA SANTOS
Ruas vazias
"Ruas vazias, sob o luar me encanta...
Eis minha lua, tão nua, como eu queria (ao seu lado rimar).
Debaixo de suas sombras, vou eu a vagar (bem sozinho) minha vida recitar".