Posts de Gabriel Candido Dos Santos (2)

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Ódio

Meu ódio é irreprimível,

Mas só grita no meu olhar

Como um animal invisível

Que braceja mas não sai do lugar.

 

Um alto berro acorrentado,

Recluso nas gotas de saliva,

Amargor do gosto engasgado

Perdido no lugar que habita.

 

Mas este ódio enraivecido

Como viajantes ilegais,

Anda com um amor genuíno.

 

Seriam minhas raivas reais ?

Seria um grito obstruído ?

Ou será que eu só amo demais.

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A vítima

Do que vale a minha cédula ?

A água hoje invadiu minha residência,

no puro estado de carência

afogou do corpo cada célula.

 

Meus impostos de nada valem,

cheiro de morte prolifera,

a cada gota que a chuva dispersa

as almas que partem.

 

Sou a vítima da natureza,

ou talvez do estado,

já não sei o real problema.

 

Por aqui restou a pobreza,

pela tela noticiado

o meu corpo roxo violeta.

Saiba mais…
CPP