Posts de Ilario Moreira (677)

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Prece poética

Para mim compor, muito me dedico

Onde aflora do íntimo, meus versos

Eles podem ser ricos, perversos

Salaz com frenesi, não sou pudico.

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E aos amigos escrever, indico

É para a mente, não sofrer reversos

Que ela seja sã, livre, sem inversos

A eles inspiração, sim, reivindico.

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Seja a poesia, bela, mui elegante

E que exponha seu âmago, seu interior

Com lirismo sutil ou extravagante.

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E que seu EU seja vítreo, fino, exterior

E do surreal, seja navegante

Nos deleite o presente e posterior.

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ILARIO MOREIRA

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26/01/2017

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Amor oculto II

No palco do mundo, represento minha persona

Escondo o que amo e, quem sou verdadeiramente

A mentira, faz com que a dor amenize eficazmente 

A verdade, na dor e na cruel angústia me aprisiona.

Quem dera, pudesse revelar o amor a essa madona

Que em segredo amo, desejo, pura e intensamente

Mas, em público repudio-a friamente, solenemente

Ah! como gostaria de poder amar, esta bela matrona.

É o viver recheado de mitos, representações, perfídia

E quem nunca mentiu, escondeu um amor nesta vida

Por orgulho, ou por simples tolice, para si uma insídia.

Talvez, seja um covarde, que a triste solidão convida

Para ocultar meus sentimentos, uso de toda picardia

Nego a mim o prazer, o viver, como insensato suicida. 

ILARIO MOREIRA

20/08/2016

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O Rio e o Náutico

Caudal, percorre o vale entre montanha

Levando sonhos bons, fertilidades

Ás vezes, senhor de fatalidades

E da terra, conhece até a entranha.

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E tens criatura mítica, mui estranha

Fruto da mente, de criatividades

O aborígine, criou tais deidades

Simples mito ruim, tola patranha.

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E quanto choro, sonho, presenciou

Vil saudade, foi com o viajante

Quem não foi, lavou lágrimas, saciou.

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Conheceu ele, floresta verdejante

Findo o amor, a natura o deliciou

Esqueceu a jura, o náutico pujante.

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ILARIO MOREIRA

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24/01/2017

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Música

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                                                                                  Majestosa, inebriante, expande-se no espaço
Sua melodia é penetrante, cativante e ledice
Plangente violões, dão harmonia e meiguice
O ritmo, dá-lhe afinidade sem estardalhaço.
Ah! como é bom ouvi-la, com desembaraço
Navegar nesta magia, deixar que enfeitice
Deleitar-se, sutilmente, fazer com que atice
Os mais lascivos sentimentos, sem cansaço.
Seu pulsar entorpece-me, provoca acalantos
Minha alma alcança o Nirvana, a plenitude
Magistralmente domina-me, estes cantos.
Oh! som divinal, aplaca minha vicissitude
Como Orfeu, envolva-me em seus encantos
Aproxima-me das Deidades, em amiúde.
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24/02/2016
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ILÁRIO MOREIRA
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Degredo

Adeus, belo rincão, amado e querido

Sobre ti, jamais, nunca, tinha escrito

O desarrimo, nunca foi descrito

Meu desamparo, foi bem dolorido.

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Ficar na plaga, tinha preferido

Na lista do abandono, não havia inscrito

Por força maior, fui sem dó proscrito

Sem nunca em nada, ter interferido.

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Abandonou-me, amigos e parceiros

Gente por mim, amadas e queridas

Doeria menos, se fossem terceiros.

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Eu busco salvação, terras garridas

Bem longe do mal, dos arruaceiros

Paz, alento, serão sim, adquiridas.

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ILARIO MOREIRA

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05/01/2017

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A Cidade

É um emaranhado de ruas e avenidas

Onde pessoas, caminham com pressa

Carros barulhentos, passam depressa

E ás pessoas, não visualizam ás vidas.

Que passam ao lado, despercebidas

Atitude inóspita, até mesmo burgessa

Deixando-me sem siso, tino, á avessa

Isto é evolução, civilização, descabidas.

 O normal seria o riso largo e fraterno

Pois, todos somos grandes vencedores

Que rumamos sem parar para o eterno.

Há evidentemente, no caminho dores

Mas, há também abraços forte, terno

Sem falar, nos aconchegantes amores.

 

01/10/2016

ILARIO MOREIRA

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Metafísica humana

Seres Metafísicos, habitantes de outras dimensões.
Acolha-me e proteja-me, diante de tanto penar
Envolva minha alma em luz e, deixe-me emanar
Torne o refúgio, o retiro seguro de sórdidas ilusões.
O corpo físico sofre os martírios, a alma corrosões
Oriundos do mundo espiritual, preciso doutrinar
Que posteriormente, irei alegrar, festejar, ufanar
Saciar minha carne, minhas profundas, claras visões.
Este corpo parco, desprezível, deteriorado e abjeto
Nesta dimensão é o esconderijo, o abrigo carnal
Do espírito imortal, este fantasmagórico ser, objeto.
Viajante de plagas distantes, etéreas, descomunal
Escabelo é a terra, o firmamento o seu teto, trajeto
Renascendo e evoluindo, alcançara o luzir ser divinal.
05/05/2016
ILÁRIO MOREIRA
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A imparcial

De que te adianta ser culto, letrado

Por muitos ser querido, mui admirado

E ser paparicado, coroado

Qual o valor, de ser sábio, mestrado?

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De que adianta, tu ser um magistrado

Grande doutor da lei, condecorado

Ter cabedais, também ser reitorado

Qual o valor, de ser idolatrado?

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Pois, a morte é certa e perto acampa

E te levará, para o  isolamento

Suprimirá a vida, ela te encampa.

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No jazigo, não tem contentamento

E restará a escura, cruel campa

A frialdade, a visão do firmamento.

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19/01/2017

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ILARIO MOREIRA

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Filho amado

Você querido filho, caro, amado

É herança, da fértil juventude

É meu Nirvana, minha plenitude

E Bonança a você, tenho clamado.

E sempre estarei atento a seu chamado

Terá dedicação, solicitude

O meu carinho afeto em magnitude

É dono do meu amor, certo, extremado.

Uma prenda, presente da Deidade

E tem minha genética, alma, essência

Assim serás, por toda eternidade.

Sempre te amarei, minha coessência

Tu és o meu cristal, afinidade

Será para mim digno, uma vossência.

18/01/2017

ILARIO MOREIRA

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Salutar amor

Há sim amor befico, otimista

E que em tirar não pensa, sim em doar

Um amor sadio, afeito a amar, perdoar

Todo pecado, não é pessimista.

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Sentimento profundo, mui intimista

Que nos dá muito prazer, sem nodoar

Desses que faz a mente, se atordoar

Profundamente sano, transformista.

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Pudera, tal amor me localizar

A ele, toda atenção vou lhe dedicar

Iria todo desejo realizar.

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Esse bem, jamais, nunca prejudicar

Nesse afã, frenesi, me bucolizar

E de toda picardia irei me abdicar.

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ILARIO MOREIRA

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18/01/2017

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Filosofando

Sim, eu, Tenho certeza, da incerteza

Isto me torna forte, resoluto

Sim, Tenho esta verdade em absoluto

E digo sem pudor, tenho certeza.

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Será tola a vaidade, sã presteza?

Que pelo inexistente, busco, luto

Certo, é o fim, término, vil, luto

Será inútil, franca, hábil, destreza?

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Há Dogmas, paradigmas e conceitos

Que tenta explicar esta natureza

Humana, sem sofismas, preconceitos.

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Fato é que, a verdade é dureza

Temos sim, que nos despir dos preceitos

Quebrar tabus do viver, a rudeza.

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ILARIO MOREIRA

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14/01/2017

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Fidelidade

Doce era a sua presença,  sua amizade, sua felicidade
Ah, tanto esperei desta vã vaidade, siso, inebriei-me
Oh, qual um asceta néscio, louco, ébrio, lembrei-me
Que o desejo é simples fruto da vaidade, da Deidade.
Chegaste manso, afável, ledo, com mansa equidade
Conquistas-te meu amor, salutar aproximei-me
Esta vil quimera dilaceras-te, embriaguei-  me
Tendo por ícone tamanha  sinceridade,  jovialidade.
Depois da tragédia resta a saudade, o nada, o vazio
Acaba-se o sonho, o desejo, todos os burburinhos
Inerte permaneço, sóbrio equilibrando no trapézio.
Inconsciente, preso em meus próprios pergaminhos
Preso a escaramuça, dos meus  grandiosos inimizio
Como Dom Quixote, lutou com os ventos dos moinhos.
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10/07/2016
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ILÁRIO MOREIRA e NAIARA MOREIRA
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Amor tresloucado

Junto na quietude duma noite
Sim, de amor, de paixão, doce apologia
Eu, você e o silêncio, apraz trilogia
Em seu seio adormecer, no pernoite.
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Corpos emaranhados, no entrenoite
Sem cruéis preconceitos, etnologia
Querendo amar e despir sexologia
Desde o véu do crepúsculo,  a senoite.
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E quando a luz, expulsar todas sombras
Quando o Sol, iluminar nossos corpos
Tu, não terás o medo que te assombras.
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O prazer, agirá como anticorpos
O doce frenesi, governos-sombras
Nossa união, será como subcorpos.
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12/01/2017
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ILARIO MOREIRA
Saiba mais…

Mourir d'aimer

Quando partiste, pensei em me socorrer

Buscava por você, desde  amanhecer

Cheguei em sonho seu olor, eu reconhecer

No mesmo erro não  vou, jamais in co rrer.

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 Para esquecer-te, fiquei louco a correr

Minha atitude deixei de conhecer

Assim, passei a mim mesmo desconhecer

Sentia o viver esvair, vida escorrer.

 .

Foste meu grande amormaior, primeiro

Eu amava, idolatrava por inteiro

Era meu ópio, vicio, o balsameiro.

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Mas, refiz minha vida sorrateiro

Curei ás chagas, fui bom enfermeiro

Voltou o siso, tornei-me soneteiro.

  .

06/01/2017

 .

ILARIO MOREIRA

 

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Autoextermínio

O veneno desejo, ele bem forte

Que entorpeça-me rápido e me mate

Pois, do viver anseio  seu arremate

Sem comiseração, não me conforte.

A peçonha será, muito  extraforte

E tal infusão, és meu vil remate

Que me sucumbe e -me xeque-mate

Me conduza ao Nirvana, reconforte.

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E desta vida quero esquecimento

Pois, o meu penar foste gigantesco

E risos foram poucos, mais lamento.

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Espero no Éter, fugir do dantesco

Apreciar, deliciar, cada momento

Sorver a  gentileza, não o grotesco.

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31/12/2016

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ILARIO MOREIRA

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Velhos amores

Os meus velhos amores, inda inflama

Lembro-me do carinho, intimidade

São boas lembranças e saudade

Muito bem me faz, esta doce flama.

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E carrego comigo, esta auriflama

O amor foi-se, mas deixou doce herdade

Quero que sempre dê felicidade

Não abandonarei nunca esta oriflama.

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É diferente amar na senectude

Somos mais criteriosos, seletivos

E desejamos sua plenitude.

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Jovens, somos ingênuos, altivos

Desejamos calor, solicitude

A luxúria, nos torna assim cativos.

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31/12/2016

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ILARIO MOREIRA

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Cruel algoz

Quero quedo aproximar, só, furtivo

Qual um monstro, ser tico, seu terror

Não me verás oculto, terás horror

O farei prisioneiro, meu cativo.

Tu pode ser modesto, puro, altivo

Uso farei de extremo, imenso furor

Enfim, eu desfaço todo antiterror

Serás vassalo, fiel, prestativo.

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Fartarei na doçura desta carne

Me banharei em seu sangue e secreções

E a ti, não permitirei o desencarne.

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Eu jamais, irei abrir a ti exceções

Por mais, cruel que seja a vida, encarne

Te torturar irei, sem objeções.

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30/12/2016

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ILARIO MOREIRA

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Manual do Cafajeste

Sexta! Procurar por divertimento

Sair com os amigos e cortejar

Trocar olhares, fones e festejar

E extrovertido, expressar sentimento.

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Sábado! Envolvê-la no argumento

De rir, o olho marejar, sim gotejar

De paixão, amor o pulso seu latejar

Controlar todo seu comportamento.

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Domingo! Possuir com plenitude

Realizar fetiche, mais lascivo

Corromper seus pudores e virtude.

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Segunda! Desvanecer, empecivo

E mostrar com clareza a finitude

Era tudo somente, amor nocivo.

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27/12/2016

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ILARIO MOREIRA

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Escuso

  1. Desde menino, que conheço as vicissitudes
  2. Elas me acompanham, desde a tenra idade
  3. Causando-me dor, raiva deixando saudade
  4. Desconheço o ápice do amor, suas magnitudes.
  5. Conheço o desprezo e suas vãs quietudes
  6. Que mantém o afã de tolo, tosca vaidade
  7. O rejubilar, de uma sacrossanta Deidade
  8. Assim observo, o mundo e suas amplitudes.
  9. Quero o prazer de amar, sem maiores danos
  10. Se me negaram o amor, por simples manha
  11. Não quero os amores pérfidos e mundanos.
  12. O simples olhar malicioso, excita, assanha
  13. Temo os desejos malditos, lascivos, profanos
  14. Recôndito, mantenho minha ânsia e sanha.
  15. 18/07/2016
  16. ILÁRIO MOREIRA
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A Musa

  1. Ah! doce nuvem, que sobre mim agigantas
  2. Domina minha prudência, tino, minha razão
  3. Alterando minha voz, siso, minha diapasão
  4. Sob comando de áureos mecenas altruístas.
  5. Oh! seus atos, mitos e vitórias foram tantas
  6. Que inebriam e entorpecem, a minha visão
  7. Quando da Lira, Cítara fazem a sua fusão
  8. Ignorando suas origens, em nada correlatas.
  9. Da Trácia, tendes a sublime arte da Lira
  10. Que Orfeu dominava, como uma Cítara
  11. Protegendo-a, com pele e olor de mirra. 
  12. Assim é minha musa, o meu amor sarará
  13. De olhos negros e tez mulata surgira
  14. Calíope, Apolo, diga-me onde ela estará?
             .
26/03/2016
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ILARIO MOREIRA
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CPP