Brasil nosso, que estás liberto
Grandioso pela própria natureza
Abdicado seja o título de colônia
Acode a bandeira
Do Ipiranga, é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé
Traz consigo nossa glória
São 200 anos de história
O povo forte aplaude de pé
Um país persistente
Na guerra é combatente
Vossos peitos são muralhas
Nosso hino tem mais emoção
O sol da Pátria brilhou
É verde e amarelo no coração
Acorda Brasil!
Dá um basta na corrupção
Tradição tem nome certo
É o folclore da nossa gente
A gente boa do Brasil
Santuário riquíssimo de tradições
Costumes e lendas
Animadas canções
No 22 de agosto
Tem a lenda da Iara
Tem a história do Saci
Tem até o lobisomem
Que assusta o povo por aí
De grão em grão
A galinha enche o papo
Não se olha os dentes
Do cavalo dado
Festas populares
Feição mutável
O Nordeste arretado
Que aquilo que vem do povo
Jamais seja exilado
Hoje, 25 de julho, celebramos o Dia Nacional do Escritor
Neste dia, em 1960, o ex-ministro da Educação e Cultura Pedro Paulo Penido escolheu essa data especial para homenagear os talentosos escritores e escritoras brasileiros.
A ocasião foi marcada pelo I Festival do Escritor Brasileiro, promovido pela União Brasileira de Escritores (UBE), uma celebração que reconheceu e valorizou as contribuições literárias desses artistas.
Desde então, o dia 25 de julho tornou-se uma data significativa para o reconhecimento e agradecimento a todos aqueles que enriquecem a cultura brasileira com suas obras literárias.
Salve os Índios
Raízes do Brasil
Filhos da natureza
Índio é cultura
É origem
É história
Sociedades tribais
A pescar
A caçar
A coletar
A dignidade devastada
Coagidos à escravidão
Danosas sejam as caravelas
Tristes vidas...
Ceifadas
Um povo heroico orfanado
Em seu sangue se fez seu pranto
Lírio Reluzente
Divina mãe das águas
Que banha à noite
e faz o sol adormecer
Iemanjá!
Senhora da coroa estrelada
Na areia eu vou louvar
Poderoso rugido
proclama sua majestade
à todos que ousam se aproximar
Azul é a íris
Semblante calmo
Sobre o náutico rochedo
Teu canto é alto
Tuas vestes alvas
de um branco reluzente
Nenhum lavandeiro
as poderia branquear
Dadivo minha rota
Eu vou contigo pro fundo do mar!
Lírio Reluzente
H20 da vida
Bem precioso da criação
Água que vem dos céus
Que rega as plantas
Derruba as muralhas
Invade as casas
Água...
Que está nos Rios e no Mar
Nos olhos de quem chora por amar
Água que sacia a sede
Limpa e cristalina
Inodora, insípida, incolor
Que leva a fertilidade ao sertão
Mas que falta em várias regiões
Desperdício, poluição...
Água doce
Água salgada
Líquida, sólida e gasosa
Sem ela não existiria quase nada
Solvente universal
Bacia fluvial
Escoa na superfície terrena
O tema requer urgência
Economizar é essencial
Lírio Reluzente
22 de Março - Dia Mundial da Água
O Dia Mundial da Poesia foi criado na XXX Conferência Geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em 1999, para homenagear a poesia, promover a diversidade das línguas e intensificar os intercâmbios entre culturas. Essa data visa a importância da reflexão sobre o poder da linguagem e do desenvolvimento das habilidades criativas de cada pessoa.
Mas você sabia que a poesia é mais antiga que a própria escrita?
Os contos indianos que datam há mais de mil anos a.C. e a odisséia de 800 a.C. parecem ter sido compostos de forma poética para ajudar na memorização e na transmissão oral nas sociedades antigas.
Com fragmentos poéticos encontrados em antigos monólitos e pedras únicas, a poesia compreende aspectos metafísicos, no sentido de sua imaterialidade e da possibilidade desses elementos transcendem ao mundo fático. Este é o terreno que compete verdadeiramente ao poeta.
A poesia alimenta a alma, tempera o dia e acalenta os corações. O poeta nos faz ver, sob a aparência das coisas de todo dia, a verdade profunda de um mundo contraditório. Ele quer que as palavras signifiquem em si e por si, alguma coisa que são elas próprias sob a forma de poema.
A poesia possui algumas características estruturais, como métrica, rima e refrão. Mas não significa que poesia, para ser poesia, tenha de apresentar fielmente esses pontos. Grande parte da poesia do modernismo, por exemplo, abdicou desses conceitos e cultivou o verso livre (abandono da métrica), as estrofes irregulares e o verão branco, ou seja, sem rima. O que, não impede que "subitamente na esquina do poema, duas rimas se encontrem, como duas irmãs desconhecidas", como nos ensina o poeta Mário Quintana.
Por Lírio Reluzente
É fiel à sua essência
Deusa do olímpio de amor
Em tua boca a suave melodia
Corpo bordado de flor
Rosa do campo de Saron
Nasceu pra colorir o mundo
Esculpida com a graça divina
És o verso mais profundo
Tão poesia quanto mulher
Bálsamo suave de felicidade
Consagrado seja o teu ventre
O fruto é obra de arte
Paulo Freire, que estás no céu
Santificada seja a tua Pedagogia
Inovadora, libertária...
Resgatou a autonomia
Do indivíduo oprimido
Pela sociedade esquecido
O maior nome
Que o Brasil já teve
Valorizando saberes
Um homem de palavra
Patrono da educação
Lutou a vida inteira
Por uma renovação
Verdadeiro professor
Detonou a concepção bancária
Foi preso e exilado
Mesmo assim não se calou
Disposto a ensinar
Educar pra transformar
Com seu método inovador
Escreveu livros e frases
E o mundo admirou
Seguir o vento do saber
Toda e qualquer minoria
Tem direito de viver
Lírio Reluzente
Ei amigo, sentaí!
Deixa eu falar pra ti
Os poetas não vão se calar
Nosso grito não será contido
Pintura rupestre moderna
Nossa marca será eterna
Nossa arte concreta e sagrada
É alma que mais brilha
A coragem pulsante nas veias
É o sorriso de Monalisa
Que não se entrega a quem define
Um sonho intenso
Um raio vívido
De amor e esperança o verso cresce
Quando escrevo
Registro o que vejo
O que sinto
O que penso
Às vezes invento
Sentimentos diversos
Minha poesia é sobre as coisas
Sobre a vida
Pode até soar esquisito
Versos de bom trovador
E o sol no seu esplandecer
E eu caminho
Busco um destino
Eu sou beija-flor
De verso em verso
Me alimento de amor
Um vôo de olhar sutil, contemplativo
Leitores que estais na Terra
Santificado seja o vosso livro
Venha a nós o vosso saber
Seja feita a vossa leitura
O diálogo incessante e a alma responde
O bom livro de cada dia nos dai hoje
Perdoai a nossa preguiça
Assim como nós perdoamos
a quem não nos entende
E não nos deixeis cair em inquietação
Mas cedei um novo capítulo
Amém!
Escrevo...
Para dar cor a minha vida
Avivar a minha mente desbotada
Escrevo...
Para me libertar dos enganos
Serei a única certeza nesse mar de dúvidas
Escrevo...
Porque me falta a voz
Na escrita, o meu silêncio grita
Escrevo...
Para tornar presente quem está longe
Militar os que me afrontam
Escrevo...
Sobre a morte
Porque somos todos iguais
Temos o mesmo destino final
Terra em nossa cara
Vida ceifada, morre e não leva nada
Escrevo...
Pois minha arte é feita de papel riscado
Ainda que passe mil anos
Na poesia serei lembrado
Quer? Quer? Quer?
Quer casar comigo?
Ser o meu abrigo
A minha doce amada
A minha alegria?
Tô morrendo de vontade
de te abraçar
Farei do céu imenso
o nosso altar
Te dou o meu amor
O mais puro e sincero
Farei o possível
Para que seja eterno
Você é a fonte
da minha felicidade
Meu universo
Minha carametade
Lírio Reluzente
