De Zumbi a Mandala veio a inspiração, A um povo que conquistou a vitória, Lutando por igualdade com a razão. Um legado imortal de uma bela história.
Em cada tom de pele, é beleza, é valor, Frutos de vidas relatando o passado, Reflete na alma de um povo trabalhador. Real no presente, amanhã um legado.
Consciência negra, resistência da dor Sim, uma chama que não irá apagar, Resultando liberdade em esplendor.
Nos olhos da criança, um porvir sonhador, Um brado que ecoou a transformar... Consciência negra seja um grito de amor!
Aproveite o dia, aprendendo mais. Viva o instante como se o último fosse. Sorria, é contagiante a alegria. Trate bem as pessoas com gesto doce.
Agradeça o que tem, isso é uma dádiva! A vida é bela com sabedoria. Faça planos, seja uma pessoa ávida. Cultive a bondade, o perdão e a empatia.
Seja humilde, cordial e delicada. Na mente limpa não nasce erva daninha. Em terra boa a semente é germinada, Assim sendo, não andará sozinha.
Não gaste o tempo com coisas inúteis. Não deixe a tarde morrer com tristeza. Pense sempre no que faz bem, não no fútil. Assista o pôr do sol curtindo a beleza.
Perdoe-me se insisto em lhe dizer. Que é impossível seguirmos lado a lado. Meu sentimento por ti é passado; findou naquele instante que o sofrer invadiu a maneira de eu viver; tentando fazer-me prisioneira. Algemando a minha alma, por inteira. Perdoe-me se anseio liberdade. Seguir-te não é a minha vontade. Aspiro viver a minha maneira.
Segui a ilusão dos meus olhos risonhos, Levei como bagagem os meus sonhos Pra embarcar numa vida de aventura. Caminhando por ruas e avenidas; Vi primaveras belas, coloridas, Abracei a florada com ternura.
Vi o amanhecer sorrir-me pela estrada, Vi a lua redonda na madrugada toda faceira exibir-se ao mar… Muito aprendi trilhando este caminho. Co'as estrelas, não me senti sozinho; Segui contente este meu caminhar…
Então, pensava: fiz a escolha certa a cada dia, que a manhã, desperta. Nesta aventura ousei, fui mais além… A esperança tão forte me agarrei com a certeza que em nada eu errei e que a vida é boa, não faz desdém.
Mas neste tempo não vi tempestades; Tudo bonito e gestos de bondade, Então, senti que a sorte me sorria. A mocidade a tudo dava ensejo; Tudo fiz pra sanar o meu desejo, Até entender, que era falsa alegria.
Ao perceber que vida é coisa séria, senti o meu ser estar numa miséria, roguei misericórdia ao meu bom, Deus… A velhice chegou e enfraqueci; lágrimas rolaram emudeci e à vida de aventura eu disse adeus.
Agora, de joelhos peço a paz. Apenas a oração, me satisfaz. Quando a tarde se vai, vem a saudade: Dos sonhos sonhados na juventude. Os anos passaram, fiz o que pude até encontrar a felicidade.
Márcia Aparecida Mancebo 11/10/24
(Este poema tem um toque profundo e introspectivo, refletindo uma jornada de vida cheia de aprendizados e desafios.)
Na manhã nebulosa o barqueiro enfrenta: a enchente, que inundou a nascente do rio encobrindo árvores, que a margem sustenta. Ele cumpre o dever, sem temer o frio.
Guiando seu barco por águas barrentas, Seguindo a corrente sem perder o tino; Lutando co'o vento, resto da tormenta: Remando com força segue seu destino.
Barqueiro destemido, está acostumado. Conhece o rio de ponta a ponta e sabe também que é o seu legado. A chuva, o vento não o desaponta.
Não é um leigo no ofício, é experiente. Transporta pessoas sem temer a morte; que as águas provocam no tempo de enchente, Além de ter fé, acredita na sorte.
É sua rotina fazer o transporte, É um barqueiro valente e tem compaixão, Tem no pensamento: precisa ser forte, Antes que a chuva chegue e faça arrastão.