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Verão da Eternidade

Foi naquele verão, como me lembro.
Ao trocarmos olhares, percebi.
O amor se aproximava, era dezembro!
Minha alma a sussurrar, estremeci!

Ah, tempo distante da mocidade.
Sonhar era normal, não te esqueci.
Ficaste eternizado na saudade.
Foi naquele verão que eu renasci!

Nas brisas de verão ficou teu nome,
guardado em mim, teu riso me traz calma
quando, a saudade de ti me consome
nos traços da lembrança, da minha alma.

Enfrentando o tempo: segue a correr
O brilho do verão será lembrado.
Há instantes que jamais vão se perder;
neste meu coração enamorado!

Márcia Aparecida Mancebo
19/06/25

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CINZA QUE FOGE

Sou uma mulher que, na vida, caminha.
Caminho só, como fazem as horas.
Sou a cinza que foge e não se aninha,
Sou somente um pó, ontem e agora!

Sou o passado vivo na lembrança,
Que estampa as dores num semblante triste
Por perder a fé e a bela esperança.
Sou uma melodia… a entoar persiste.

Sou aquela que, em silêncio, aguenta.
Sem questionamento, todo o sofrer.
Somente segue a vida, não lamenta.
Já perdeu tudo que tinha a perder.

Nas batalhas, só perdas, sem vitórias.
Não tenho mais forças para lutar,
Sou um alpendre quebrado sem história.
Vi o meu sonho naufragar no mar.

Márcia Aparecida Mancebo
12/06/25

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Quando o silêncio respira

Quando o silêncio respira

Minha alma mergulha em doces lembranças.
Lembro a lareira acesa, a taça de vinho;
Um mundo risonho com esperança,
O aconchego no lar, o nosso ninho!

Nesse instante, o silêncio respira.
E o frio me acorrenta na saudade.
Numa doce saudade que me inspira
Levando-me a perder a idoneidade.

Belas lembranças das noites de frio,
Tuas digitais na taça de vinho
Dançava na penumbra, em arrepio;
A luz de teus olhos, ah, quanto carinho.

O tempo não calou nossas canções,
Ecoam em mim com toques sutis.
Ficaram encravadas quais visões
De um amor vivido, termo e feliz.

Márcia Aparecida Mancebo
22/06/25

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Santos do mês de junho

Santos do mês de junho

No céu de junho estrelas brilham
e a devoção acende fogueiras
Com três santos sigo minha trilha
com esperança em minha alma faceira.

Santo Antônio une os corações.
De quem a ele pede um bem querer.
Aguça as mais doces das ilusões.
Nos meus olhos, põe brilho do bem viver.

Menino do mato é São João.
Com fogos, balão é sempre lembrando
Pioca e canjica são tradições.
Sem esquecer do forró bem rebolado.

Por fim, São Pedro com a chave na mão
Abre, com pressa, o portão da alegria
e com chuva ou sol, segue meu coração
num lento passo, para a romaria.

Junho é festa, é reza e tem dança.
É bandeirinha no céu, é magia.
Eu sigo alada com a esperança
Meu coração vira balão e poesia.

Márcia Aparecida Mancebo

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Nunca foi meu...

UdZumKE.gifImagem By Margarida 

 

 Nunca foi meu…

 
Parti sem dizer adeus e fui embora.
Te deixei num instante sem ver cor.
Não mereceu o que fiz… nem o meu amor.
Foi melhor para nós; eu, penso agora.
 
E, se hoje, o teu viver é ver a aurora;
É teu fardo ficar sem meu calor.
Me ensinaste a provar o dissabor!
Nosso enlace não foi bom como outrora.
 
A teu lado, conheci esta faceta.
Tua deidade, creio, não ser eu.
Não se trata uma deusa deste jeito.
 
Preferi viver só, pelas sarjetas.
Sufocando o amor, que nunca, foi meu...
Fui embora com imensa dor no peito.
 
 
Márcia Aparecida Mancebo

 

 

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Por Justiça, ou por Redenção?

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Imagem By Margarida 

Por Justiça, ou por Redenção?

Naquela torre antiga, o vento geme.
Ecoando segredos de época vil.
Sombras valsam sobre pedras que tremem
Num lamentar, sombrio e sutil.

Fora outrora rainha em seu belo mundo
Agora, vaga sem direção, nem cor.
Nos olhos, um abismo sem fundo
E no peito o eco de um imenso amor.

Sacodem as velas quando ela passa.
O sino não soa e o relógio hesita.
Pois o mundo dos vivos a embaraça
Da dor eterna, que na alma habita.

Clama por justiça ou por redenção?
Não haverá ninguém a lhe interrogar.
Na noite, ouvem seus passos na negridão;
Como murmúrio querendo voltar.

Márcia Aparecida Mancebo

 

(Poema gótico)

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Sonhos que correm

Sonhos que correm.

De maneira humilde, a tarde vai embora
Espalhando luzes do sol no prado;
Iluminando as flores que na aurora
se abriram, sobre o verde do gramado.

Sinto uma paz ao contemplar a cena.
A tarde, despedir-se com brandura
para a noite adentrar, bela e serena.
Na minha pequenez sinto ternura.

Parece haver um bom entendimento.
A tarde, ao morrer, deixa um dourado.
Um tom que mexe com meu sentimento.
É uma extasia ver belo bordado!

E quando a noite se reflete linda;
No céu brilham lembranças do viver.
Lembrança de outrora que não finda
E os sonhos seguem livres a correr.

Márcia Aparecida Mancebo

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Entre névoas

Entre névoas 

Olhando pela vidraça embaçada
e ouvindo a canção do vento ao passar,
Uma névoa densa cobre a calçada
É o inverno que chega para ficar.

As folhas secas dançam no ar soltas,
Pássaros calam neste tempo frio
O céu pálido, nuvens sem escolta.
Veste- se a manhã com jeito sombrio.

Na chaleira o som suave, insinua
O cheiro do café a se espalhar.
Um tímido raio atravessa a rua,
tentando o cinza da alma matizar.

É esta sensação que o frio me traz
E encontro, aconchego, nesse lugar;
Na mente a lembrança não se desfaz
E minha se aquece sem me indagar.

Márcia Aparecida Mancebo

 

 

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Sentinela do Silêncio

Sentinela do Silêncio 

Quando a brisa adentra pela janela  
da sala, o teu perfume exala pelo ar
E a saudade, fica de sentinela,  
Pra ver se as lágrimas vão desandar.  

Pela casa, ecoa a tua saudade,  
Está, em cada cômodo, encravada;  
Teus gestos moldam a realidade,  
Ferindo como uma faca afiada.  

Eu sinto que a brisa beija a moldura,
Ali, onde o teu sorriso fez morada;  
Dum tempo, guardião, quando a ternura  
deixou tua presença ali selada.  

Tua saudade e o aroma do perfume
tingem, na brisa, a lembrança calada,  
Para que a alma, em silêncio, se acostume.
Que a tua falta está eternizada.

Márcia Aparecida Mancebo 

 

 

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Alma enamorada

É a verdade, sim, longe nós estamos.
Mas teu perfume está por onde vou
E os bons momentos, que juntos, passamos;
Sinto que o vento pra longe levou…

O que restou de nós? A melodia,
e o teu aroma que em mim impregnou?
Ah, que saudade da tua alegria!
Teu gesto doce o tempo não calou.

Se é destino sentir o teu perfume
Que o pensamento insiste em recordar.
Eu viverei assim, sem um queixume;
Ouvindo o vento em minha alma entoar.

Saudade disfarçada, não é não.
A tua imagem está desenhada.
Isto quem intui é o meu coração,
Pois minha alma suspira enamorada.

Márcia Aparecida Mancebo
15/06/25

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Som do amor

Som do amor

Quando se ama o amor ilumina o semblante
A vida ganha brilho, veste-se de gala
Isto porque não está mais distante
E sim perto do som que o amor exala.

Este som tão só, quem ama reconhece
este sonido cheio de vibração,
É uma melodia que jamais se esquece,
Pois, infiltrou profundo no coração.

De um olhar nasceu o frenético amor 
Trazendo motivos para se viver
Este som que tem o amor é sedutor
É um sentimento que não dá pra esquecer.

É um som qual brisa que ao passar acalma
as tempestades existentes nos dias
E cada amanhecer demonstra a calma
Que há nos olhos repletos de alegria!

Márcia Aparecida Mancebo
26/06/24

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Para Maria Elisa

Oitenta primaveras.

Oitenta anos! Que lembrança bela!
Dádiva concedida pelo Pai;
Que hoje tinge os teus dias co' aquarela.
Pra poder viver cada dia mais.

Que seus dias sejam iluminados,
Tecendo a vida com mãos delicadas
Como o sol ao se pôr, todo dourado;
Assim será, querida, sua estrada.

Histórias vivem em sua jornada
E em cada sorriso, guarda um segredo,
Em cada olhar, a paz é demonstrada
e na alma leve, existe um doce enredo.

É nesse enredo que o tempo navega,
Passa, mas deixa a graça da sua virtude,
Enquanto isso, a vida não lhe nega;
Que seus dias atinjam plenitude.

Hoje celebro a sua existência,
Tesouro raro para inspiração,
E que o seu viver seja toda essência:
Da paz intensa, ternura e emoção.

Márcia Aparecida Mancebo
17/06/25

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Escolhas e caminhos

Escolhas e caminhos

Para viver existe uma magia
Alguns desconhecem por ansiedade
Outros presos a doce fantasia;
Dizem saber, são donos da verdade.

Afirmo que há magia no viver.
Quem vive por viver leva pancadas
Às vezes não consegue isto entender
Segue apanhando pela estrada.

A magia que insisto em reforçar,
Está clara na bondade do ser,
Na atenção de conselho escutar.
Se não ouve, não há o que aprender.

Pra viver não existe algo traçado
Sou eu que escolho o que desejo,
Aprendi que a vida é um emaranhado
E preciso lutar pelo que almejo.

Márcia Aparecida Mancebo
17/06/25

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Brilho e encanto

Brilho e encanto

Nas asas do sonho, embarquei de manhã.
Numa estação bela, toda colorida.
Sentei-me num banco, fiz dele divã,
pra esquecer o mundo e viver a vida.

Ah, que perfume embriagando a brisa!
O amor dançava por todos os cantos,
os pássaros cantavam sem pesquisa
e o tempo fluía belo, com encanto.

A primavera me sorria acenando,
O verão ardia em luzes fulgentes.
O inverno seguia com aves voando
e o outono pintava o sol para o poente.

Foi nesse divã, nas asas do sonho
que entendi que a vida é uma poesia.
A natureza tem um jeito risonho
vai tecendo encanto em doce fantasia!

Márcia Aparecida Mancebo
31/05/25

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Quimeras encantadas

Quimeras encantadas

Pisando na Alfombra orvalhada e fria.
Minha alma despedaça de saudade,
Recordo a infância e a sua magia 
transformando o sonhar em realidade.

Caminhando e ouvindo o vento dizer:
palavras bonitas aos meus ouvidos;
Ameniza esta dor e o meu sofrer
que, pelos dias, tem me acometido.

Quem dera à doce infância voltar
E viver as quimeras, encantadas;
Do prado verdejante e do cantar:
Dos pássaros com penas tão douradas!

Nesta ciranda da vida caminho 
alada a saudade, um afago à alma.
Com as lembranças, eu tenho vizinho,
Ah, como este sentir me traz a calma!

Márcia Aparecida Mancebo
10/06/25

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No entardecer a poesia renasce

No entardecer a poesia renasce

Naquele quarto de paredes frias,
velando as dores e a imensa saudade;
Habitavam a esperança e a poesia;
Crendo que o entardecer suicida a tarde!

As dores, num gemido entorpecido;
A sussurrar em ais, ela adormece,
Enquanto a saudade sente um batido
do coração que, pra vida, renasce.

A esperança, ao chegar, vê-se abatida
à dor, que adormeceu por um instante.
Entende o sofrimento e, sem saída;
Sacode a dor para que ela levante.

Enquanto o entardecer suicida a tarde;
Nasce a poesia, dando fim ao açoite.
E a cena triste, que no quarto invade;
Reluz, com o luar da bela noite!

Márcia Aparecida Mancebo

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Alma enamorada

É a verdade, sim, longe nós estamos.
Mas teu perfume está por onde vou
E os bons momentos, que juntos, passamos;
Sinto que o vento pra longe levou…

O que restou de nós? A melodia,
e o teu aroma que em mim impregnou?
Ah, que saudade da tua alegria!
Teu gesto doce o tempo não calou.

Se é destino sentir o teu perfume
Que o pensamento insiste em recordar.
Eu viverei assim, sem um queixume;
Ouvindo o vento em minha alma entoar.

Saudade disfarçada, não é não.
A tua imagem está desenhada.
Isto quem intui é o meu coração,
Pois minha alma suspira enamorada.

Márcia Aparecida Mancebo
15/06/25

&

Perfume de Saudade no Vento!

Estamos longe, sim, é a verdade,
Mas teu aroma insiste em me abraçar,
É como se o vento trouxesse a vontade
De tudo aquilo que o tempo quer calar.

O cheiro teu vagueia pela sala,
Mistura de lembrança e fantasia,
Um sopro antigo que ainda embala
O que restou da nossa melodia.

E mesmo que o destino se distraia,
E o mundo tente a ausência mitigar,
Ainda arfa em mim a doce praia
Do teu perfume que insiste em ficar.

Talvez seja saudade disfarçada,
Ou o coração querendo enganar,
Mas sinto tua essência enamorada
E o vento, cúmplice, vem me consolar.

Joao Carreira Poeta. 13/06/2025.

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Caminho do horizonte

 

 
Caminho do horizonte 
 
Sigo o viver embalando a esperança.  
Vejo o horizonte sempre brilhante 
E o caminho iluminado com luzes.
A esperança me faz sentir radiante!  
 
Embalando a esperança, sigo o viver  
Pelo caminho com flores coloridas  
Tentando alcançar o horizonte dourado.
Viajo com fé, pois sou aguerrida!  
 
Viver embalando a esperança, sigo,
Com o brilho que o horizonte aceso tem!  
Neste caminho de bela paisagem,  
Andar sem pressa, observando, convém!  
 
O viver e a esperança, sigo embalando  
Para, no horizonte, chegar sem cansaço.  
Em cada curva do caminho, descanso,  
Minha força e meu sonho, sem embaraço!  
 
Márcia Aparecida Mancebo 
08/06/25
 
 
 
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... aqueles dias...

Este poema é retirado do fundo do Baú.

… aqueles dias…

O vento frio da manhã levou;
a razão da minha imensa euforia
que ao longo dos anos com alegria
acumulei e, sinto, nada restou!

Vejo uma escuridão pelos meus dias:
E uma sombra de saudade voar.
Entristecida, a vida está a escoar
pelo vão dos dedos, sem fantasia.

Fora pra sempre aquela magia
que eu tinha, para comemorar
o final da tarde e, com vinho, brindar
e a noite e adormecer em estesia!

Hoje, isso ficou longe… distante…
Nada mais irá trazer novamente:
A minha face, antes, contente.
Somente a mente lateja constante.

As lembranças, hoje, são fantasias
E as horas das madrugadas vazias;
Trazem à tona a fisionomia:
Do amor que vivemos aqueles dias…

Márcia Aparecida Mancebo

 

A maioria dos poemas que escrevo são inspirados em imagens, em palavras, até em filmes.

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Despedida

Despedida

Há um dia que tudo muda na vida
E não é diferente para ninguém
Também não há quem não fique comovida
Ao sentir no peito a saudade de alguém.

Mesmo a saudade boa traz comoção
Balança o ser por mais forte que ele seja,
pois ninguém tem de pedra o coração
Para aceitar no instante o que não deseja.

É um susto imenso, não há como negar,
pois, ninguém nasceu com coração vazio
Todo o ser humano é propenso a amar
A despedida é um momento sombrio.

No dia que tudo muda de repente
E fica-se defronte com a solidão
Uma dor corrói a alma lentamente,
lágrimas rolam quentes, qual ribeirão.

Márcia Aparecida Mancebo

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