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Estrelas no infinito

Estrelas no infinito

E quando vejo ao longe a claridade
do sol apontando clareando a serra
meus olhos brilham de felicidade.
É a mão divina abençoando à terra!

Por todo o prado abrolha as flores,
E pássaros cantam saudando o dia
Da alma se vão: lamentos e dores
Mostrando nas faces somente, alegria.

E o sol passeia pelo céu aberto
Tufão de esperança, alimento da vida!
Agora o homem não caminha incerto
Com as ferramentas, volta — se à lida.

Colheita a fartar será a resposta
Labuta intensa sem hora a findar
Há sempre alguém que, feliz aposta,
Que a chuva virá o plantio irrigar!

Tanta gratidão que enobrece minha alma,
ver o dia nascer distante e bonito
Uma intuição invade a mente: o amor se espalma
Atingindo as estrelas no infinito.

Márcia Aparecida Mancebo

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Eu e vento

Eu e o vento

Entre dois rochedos o vento assobia
Ao ouvir o assobio a dor me consome
Parece que o vento chora de agonia
O som chega a mim, gritando um nome.

Eu ouço a mensagem com o coração.
Tento decifrar os gritos que o vento
repete à distância, cheio de emoção.
Parece que tem algum sentimento,
Por isso destila no ar a paixão.

Às vezes me igualo a chorar qual o vento
Se sinto — me presa no quarto, sozinha
Escrevendo versos em forma de lamento.
Prisão que a saudade chega e se avizinha.

E como não sei assobiar, eu choro.
As lágrimas caem qual um ribeirão...
Acompanho o vento fazendo um coro
Que ecoam tristonhas pela imensidão!

Márcia Aparecida Mancebo
21/01/23

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Estrada da esperança

Estrada da esperança

"Uma estrada boa para andar"


Irei construir com pedras do caminho
Igual a que um dia estive a caminhar;
Da qual a zelei com muito carinho.
No tempo criança desejo voltar.

Quero reencontrar nas guias folhagens
E rios com pedras...águas cristalinas
Preciso trilhar olhando a paisagem
Que tenho retido na mente - menina.

Pretendo rever por onde passar
As mesmas roseiras que vi florescer,
O mesmo perfume espalhado no ar,
O mesmo gramado que estive a correr...

Ah, como queria ver tudo outra vez...
E nada desfeito do que lá deixei
A mim é um tesouro que nunca desfez
Na mente - menina que fotografei.

É tudo tão claro e com perfeição
A estrada que tenho na minha lembrança
Que ao rememorar toca meu coração,
Esta bela estrada que leva à esperança.

Márcia Aparecida Mancebo
16/01/2023

Atividade da oficina Poema que não tem fim

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Pedaços

Pedaços

O toque do orvalho na folha macia
Acalento pra alma ao lembrar primaveras,
pois, são digitais de estações e quimeras
cravadas no tempo que o amor me sorria.

Hoje a emoção não me causa mais pranto
Encontro a poesia e nela me aninho.
Adentra em meu íntimo qual um arminho
e, fica comigo, trazendo acalanto.

Aquela saudade que me machucava
agora são restos da velha lembrança.
Meu ritmo mudou, aprendi ter confiança
Voltei a rever onde caminhava.

E quando te disse deixar o abraço
estava a dizer que iria partir
levando comigo todo meu sentir
já estou refeita, juntei meus pedaços!

Márcia Aparecida Mancebo

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No canto do tempo

No canto do tempo

Num canto do tempo deixei bem guardado
Momentos alegres, ali, bem vividos
Não há como esquecer um lugar encantado
Ao lado das flores co' aroma tingido!

Ah, quando recordo meu mundo isolado
Meu cão companheiro, meu fiel amigo,
Da infância querida do belo passado
Não sai da lembrança essa imagem do abrigo.
Por onde caminho ela está sempre ao lado.

A trilha estreita levando - me ao rincão,
O prado florido com tantas matizes,
A mente perdida do tempo tão bom,
Me traz alegria dos tempos felizes
Levando minha alma sentir gratidão!

Saudade tão boa, o balanço me traz...
Sentava e cantava bem alto um refrão
Que longe entoava, ah...lembrar satisfaz!
Me sinto abraçada por meu coração
Que pulsa contente de felicidade.

Márcia Aparecida Mancebo

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Manhã dourada ( Glosa)

Mote

"Persiste no coração sem idade
Querer manter o amor qual elo sagrado"

Glosa

Manhã dourada

Seguirei meu caminho rumo ao infinito
Lá o sol ao nascer irradia alegria
Com raios luzentes levando o dia,
Escondendo a tarde num gesto bonito.
Eu trago na mente que nada é finito.
Há continuidade nos rastros deixados,
Nos gestos, nas falas...no que é declarado,
Nas vozes que ecoam que a felicidade
"Persiste no coração sem idade
Querer manter o amor qual elo sagrado."

Márcia Aparecida Mancebo

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Magia da flor

Magia da flor

Longe, muito longe, onde esconde queixumes
existe uma flor, pouco conhecida.
Somente o poeta sente seu perfume
quando compõe versos sobre sua vida.

Chega a expôr - se com amplo sentimento
intuído pelo aroma da flor.
Segue lentamente lembrando momentos
ao recordar com saudade o grande amor.

Com delicadeza compõe os versos
que brotam do fundo do coração
Sentindo - se feliz em um universo
onde tem sabor e gosto - a solidão.

Em seu pensamento essa flor tem magia
Revela nas pétalas o seu passado
Com sutil leveza dá luz à poesia
Ao recordar que fora muito amado.

Márcia Aparecida Mancebo

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Escolta

Escolta 

No fim do dia o olhar vai pra distante
como a procurar algo que perdeu...
Mas, só o cantar do pássaro cantante
ecoa no silêncio desse breu...

E tão tristonho está sendo o viver,
Sem ter ao lado alguém para trilhar...
A escuridão da noite abraça o ser
que enfraquecido sofre por amar!

Tua saudade em meu pensar persiste.
Os anos passam e sinto - me triste;
Não sinto encanto... não vejo beleza...

O meu olhar perdido não te esquece
A mente o escolta para fiel prece
Pra qu' eu não morra de tanta tristeza!

Márcia Aparecida Mancebo

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Ser errante

Palavras em tela: Beneplácito, zéfiro, calado, divagando ( Desafio Poético)

 

 

 

Ser errante

Divagando sem rumo pela vida
Percorrendo lugares diferentes
Atentando às subidas e descidas
Percebi que sou mero ser errante.

Um zéfiro bom roçou meu semblante
Qual aviso que poderia mudar...
Não de rota, pois, quem é caminhante
Não aceita em outro chão palmilhar.

Assentei- me entre as flores numa curva
Calado pensei em minh' alma salvar,
O céu derramou bençãos de chuva
... Águas puras caíram pra curar!

Ajoelhei - me sobre as pedras da estrada
Num gesto beneplácito implorei;
Ao ver Deus ao meu lado na jornada,
Que aceitava correção ao que errei.

Márcia Aparecida Mancebo
13/01/2023

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Tempo... Momentos vivenciados

Tempo... Momentos vivenciados.

O tempo é o chicote da mente cansada
Que açoita os dias passando com pressa
E não há compressa que abrande a noitada...
Relógio não para, caminha a beça
Levando o viver, pela madrugada.

E é pela noite que o tempo apressa:
A idade, as dores, todos os sofrimentos
Soprando as flores, o vento as, avessa
E vida caminha levando momentos!

Pensamento que todo sentir sugou
E sem omitir demonstra no semblante:
As marcas com sulcos que o tempo deixou
O riso, a alegria que foi tão constante
Nos anos felizes que o pensar guardou!

E desse relógio que o tempo é o senhor
Caminha com as horas sem esperar
Que o ser devote um instante de amor
A quem junto cruzou o seu caminhar!

Márcia Aparecida Mancebo
18/11/2022

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Noite sem estrelas

Noite sem estrelas

Nesta noite sem brilho minha alma chora
E chora baixinho para não acordar
A esperança que adormece nesta hora
O cansaço da vida a fez dormitar.

E o meu coração que outrora feliz,
hoje mergulha num silêncio rouco
não revela o sentir, somente maldiz
o destino triste que me mata aos poucos.

Sigo tão sozinha carregando essa dor.
Segurando — me para não gritar
Tanto evitei não sentir amargor,
Crendo que esse momento iria passar.

Momento de perda da bela ilusão
Sem estar preparada é imensa tristeza.
Ah! Quem dera voltasse aquela emoção
Acalentada nos dias co' a certeza;
Jamais sentiria a cruel solidão
e, o amor trouxesse a mim infinda beleza
co' estrelas brilhando pela imensidão!

Márcia Aparecida Mancebo
28/12/2022

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Flor exótica

Flor exótica

Qual a borboleta, procuro nas flores
a essência da vida que nelas contém...
Somente assim mando embora as dores
provindas da idade que dela advém!

As flores perfumam o ar da jornada.
E qual borboleta voando baixinho
as flores eu cheiro… são tão perfumadas!
E, por onde passo estão no caminho
afofando à terra de toda a estrada
mostrando que sigo e, não sigo sozinho.

Entre as flores singelas, estão violetas:
de cores diversas e são cativantes
E como me sinto igual borboleta
encontro conforto e sigo avante.

Prossigo a viagem voando a vontade
sem medo que possa cansar — me e cair
Qual a borboleta com imensa vaidade
beijando roseiras, odor vou sentir...

E quando atingir a meta alcançada
Encontrar flor exótica pra pousar
Pronta estarei... Atingi alvorada,
Farei meu ninho para descansar.
Com asas cansadas encontrei minha estada
É neste universo que quero morar!

Márcia Aparecida Mancebo
29/12/2022

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Para refletir

Queria encerrar este ano com uma mensagem do filósofo Mário Sérgio Cortella, vale a pena refletir:

"Tu vais andando com a tua xícara de café... E, de repente, alguém te empurra fazendo com que tu derrames café por todo o lado.
Por que tu derramaste o café?
Porque alguém me empurrou!
*— Resposta errada!*
Derramaste o café porque tinhas café na caneca.
Se tu tivesses chá, terias derramado chá.
O que tu tiveres na xícara é o que vai se derramar.
Portanto, quando a vida te sacode, o que tiveres dentro de ti vai derramar.
Tu podes ir pela vida fingindo que a tua caneca é cheia de virtudes, mas quando a vida te empurrar, tu vais derramar o que na verdade existir no seu interior.
Sempre sai a verdade à luz.
Então, terás que perguntar a si mesmo. *— O que há na minha caneca?*
Quando a vida ficar difícil, o que eu vou derramar? Alegria... Agradecimento... Paz... Bondade... Humildade? Ou Raiva... Amargura... Palavras ou reações duras?
*Tu escolhes!*
Agora, vamos trabalhar para encher a nossa caneca, em 2023, com Gratidão, Bondade, Perdão, Alegria.

FELIZ ANO NOVO!

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Tela perfeita

 

Tela perfeita

Vejo no horizonte o tremeluzir
E com luzes brilhantes me acenar
Induzindo que para lá devo ir
Mostrando a rota que devo trilhar.

Seguindo feliz colorindo meu mundo
Rumo com a fé que leva - me adiante
Que o viver será intenso, profundo
e a felicidade não está distante.

A ilusão faz - me mover qualquer barreira.
Creio que no horizonte não há o sofrer
Lá terei fartas e belas companheiras.
Somente indo lá, para tudo entender.

Essa rota que de longe me seduz
traz esperança que a vida é tão bela
que sou eu que reconheço e ponho luz
no desenho que pintei com aquarela:
Tela perfeita que a mente reproduz!

Márcia Aparecida Mancebo

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Reflorescer

Reflorescer

No final da tarde aves voltam ao ninho!
Aqui observando sentindo leveza
que até esqueço — me que estou tão sozinho
contemplando o céu sentindo a grandeza
que o Criador oferta com carinho.

E sinto a vida com olhos brilhantes.
Confio na paz que traz tanto encanto
enchendo a imensidão de estrelas cintilantes
emanando alegria por todo canto!

E essa liberdade que cresce no peito
Trazendo palavras para escrever
que a poesia na terra tem o seu jeito
de amenizar todo o meu padecer.

O adentrar da noite clareia o jardim,
A grama crescida co' a chuvarada.
No ar é encrustado o olor do jasmim,
A lua serena pela madrugada
Faz florescer a inspiração para mim.

E, com detalhes explico a razão
De poder grafitar com sabedoria
A magia da bela contemplação
citando a beleza que há na poesia
Com versos provindos do meu coração!

Márcia Aparecida Mancebo

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No colo dos sonhos

No colo dos sonhos

Os sonhos que acalanto anos a fio
São sonhos com cores e tem um destino
Levam — me aos porões de minha alma e com brio
assento — me em seu colo qual um menino
e me transporto aonde os teço com fios.

Fios de cetim para enfeitar o amor,
que com veemência abraça meus dias
fazendo com que eu o siga com tal fervor
que abrange meu ser dando — me a alegria;
poder contemplar a beleza da via.

Dessa trilha que sigo com esperança.
Que envolve o coração de imensa ternura,
Que a cada momento aumenta a confiança
Que a vida tem cheiro e também tem doçura!

Márcia Aparecida Mancebo

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Pois, era Natal!

Pois, era Natal!

Tão boas lembranças eu tenho na mente
Parece que vejo o passado na frente
Recordo o sino na igreja tocando
As portas abertas, o povo, chamando
Com luzes acesas e uma estrela brilhando.

Pois, era Natal, renascia Jesus!
E com muito amor emanava uma luz
Pessoas tão gratas por tanta beleza
De joelhos saudavam com fé e certeza
Que quem Nele crê não teme a tristeza.

E quando de lá vem aquela saudade
Minha alma contente se esquece da idade
E volta nos anos que a vida era boa
Todos se uniam cantavam à toa
A velha canção de amor às pessoas.

O abraço era um gesto de fraternidade
Na face o retrato da felicidade.
Ninguém lamentava que a lida era dura
Nos olhos havia um brilhar de candura
Natal era festa de muita esperança
Um elo sagrado cheio de bonança!

Márcia A Mancebo

 

 

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Ave peregrina

Ave peregrina

Pretendo encontrar pela minha jornada
O amor tão sonhando que traz a harmonia,
O cantar do pássaro ecoar na estrada...
… e onde passar quero sentir alegria.

E, corações prontos para se doar
Braços abertos a fiel acolhida
Dias bonitos com perfume no ar
Anunciando quão bela é a vida!

Tão cheia de paz sentir que há bonança,
Que apesar das pedras e muitos espinhos
A trilha oferece à mente esperança
Que existem atalhos por todo o caminho!

Sombras das folhagens e água da fonte,
Riachos cantando, pedras cristalinas,
Sons de canções que vêm lá do horizonte
Onde chegarei qual ave peregrina.

No final da jornada estarei feliz
Com a natureza vivi em sintonia
Pois, nesse trilhar minha vida refiz
Envelheci esbanjando sabedoria

Márcia Aparecida Mancebo
19/12/2022

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A vida...

A vida...

Engrenagem movida pelo vento
Somos nós nesta vida, sempre rodando.
Às vezes aproveitamos bem o momento
Às vezes perdemos tempo chorando.

E o eixo movido pelo soprar do vento
Parecendo um moinho sempre a rodar.
Nossa mente sempre com novos pensamentos
Trabalhando para o tempo sem nada ganhar.

Através dos anos rodando seguimos
Sem um minuto querer descansar.
Mas eis que um dia se quebra e sentimos
Que chegou a vez de um pouco parar.

E a vida, essa vida cheia de flores
Que tanto nós nos apegamos mesmo com ais
Vemos que as flores estão murchando
E lentamente sem nossa vontade
Lentamente se vai...

Márcia Aparecida Mancebo
22/07/21

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Restos de lembranças

Restos de lembranças

Que dádiva poder louvar o dia!
Recordo dezembro de quando menina
Assistindo a cena cresce a emoção...
Acordava feliz e via a campina
florida ainda, no final da estação.

Ao nascer a manhã na aurora dourada
restos de folhagens cobriam o chão...
Era a ventania da madrugada
que anunciava a vinda do verão!

E costumeiro o sol surgia altaneiro
O dia começava co' imenso calor.
Pincelava o cenário co'aroma de flor
uma brisa amena que o vento ligeiro
deixara ao passar emanando frescor.

Primavera se ia deixando harmonia
Cobrindo nas noites toda imensidão
Co'estrelas bonitas que a terra invadia
enchendo minha alma de amor... gratidão.

Márcia Aparecida Mancebo
19/12/2022

 

 

Atividade do Desafio Poético

Imensidão,aurora, costumeiro, dádiva 

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CPP