Seja diferente neste Natal

Monte a árvore de Natal sem esquecer
De agradecer pela sua família,
Com bolas vermelhas pra reacender
A chama de gratidão por sua trilha.

Essa é a árvore de sua vida merece ser enfeitada
Com o que há em seu intimo guardado
Ponha laços que juntou da caminhada
A cada entrave que fora superado.

Não esqueça das bolas vermelhas brilhantes
Demonstrando a ternura em seu olhar
Pelo amor devotado ao semelhante
Cada gesto ofertado por amar.

Enfeite o seu interior com perdão
Ato sublime de quem tem humildade
Vasculhe fundo que existe de montão
Reconhecimento e muita bondade.

Agora chegou aquele momento
Tentar ser diferente, aceitar a cruz
Lavar as impurezas do pensamento
Abrir o coração para aceitar Jesus!

Márcia Aparecida Mancebo

Recordações

Dezembro chegou trazendo lembranças
Ruas enfeitadas, todas coloridas
Faces risonhas demonstrando esperança:
Saúde e alegria esperas da vida.

Eu guardo na mente a minha família
Na ceia reunida com fé a rezar
Pedindo a Jesus guiar - los na trilha
E que a paz viesse pelo caminhar.

Recordações boas do tempo criança
Presépio enfeitado com luzes e cores
E a mente viaja farta de lembranças
Lembrar o Natal ameniza as dores.

Lá fora a noite estrelada com vento
Enquanto na sala joelhos no chão
O sino tocava num dado momento
Renascia Jesus no meu coração!

Márcia Aparecida Mancebo

T e m a:

""Não tenho a alma rasa,
eu tenho a alma em brasa"."

(Trecho do poema Apenas me deixem - Desouza Santos)

Minha alma

É um furacão de anseios a minha alma
Um invólucro no peito que atormenta
Isso leva - me às vezes perder a calma
E sinto - me num mar sob a tormenta.

Anseios que zelo com muito carinho
São ilusões que levam - me a viver
São ancoradouros quando estou sozinho
Mergulho na fantasia pra não sofrer!

Se a minha alma sentisse a solidão
se não falasse comigo em pensamento
eu não sentiria a chama da paixão
Seria um ser sonso, sem sentimento.

Creio que morreria sem o ardor
que tem o coração apaixonado
Sequer teria conhecido o fervor
E por ele não seria jamais acorrentado
pela brasa ardente que tem o amor!

Márcia Aparecida Mancebo
09/09/23

Preciso d’um rumo

Há momentos na vida que se perde o tino
E os dias parecem ao fim não chegar
Que fico pensar que é o meu destino
Viver qual a lua namorando o mar!

Por mais que eu tente enfrentar os dias
Eu fico perdida em falsas esperanças
Seguir eu preciso, mas esta agonia
leva-me sem dó a tristes lembranças.

Por mais que eu tente a superação
Eu sinto que a vida caminha pra trás
Está tão marcado o meu coração
Que sozinha eu choro a dor dos meus ais.

Mudar a rotina de chorar escondido
Preciso d’um rumo nesse meu caminhar
Não quero viver qual um barco perdido
Sem ter um porto onde possa aportar!

Márcia Aparecida Mancebo

Atividade do grupo Desafio Poético- (enfrentar, seguir, superação, rotina)

Voltei…

Voltei pra juntar as tralhas que aqui deixei.
Voltei com esperança de recomeçar
e novamente belas flores semear
Desejo florir a estrada que caminhei
Agora mais experiente saberei
aonde poderei pisar… terei cuidado.
Andarei com os pés firmes sem machucados
e com os braços abertos para o perdão
aliviarei minha alma e meu coração
Para poder seguir com a paz ao meu lado.

Márcia Aparecida Mancebo

Intensos momentos

Calei a minha alma
Tentei me esconder
Carente de calma
Quis nos sonhos crer.

Bem alto voei
Cheguei lá no céu
As nuvens bordei
Não fiz escarcéu.

Voei livre e solta
Sonhei tão bonito
Livre sem escolta
Atingi o infinito.

Intensos momentos
Senti que é possível
Moldar pensamentos
Chegar no impossível!

Márcia Aparecida Mancebo
28/09/23

Fotografia

Misturando as cores para um tom perfeito
Pintando sorrindo Deus retrata o mundo
Demonstrando quão belo é o seu feito
Nas noites estreladas com clarão profundo.

Tanto amor devota pela natureza
Na fotografia da tarde indo embora
instante que o sol expõe sua grandeza
com raios dourados mostrando a aurora.

Um êxtase inunda meus olhos no instante
E uma reflexão faço nesse momento,
pois nessa vida sou simples viajante
Com a alma repleta de bons sentimentos.

Tamanha candura sinto no meu peito
Que ao sentir a frescura da brisa ao passar
Eu falo com Deus, mas falo do meu jeito;
E sinto que Ele está a me abraçar!

Márcia Aparecida Mancebo

Um por um…

Um dia a tempestade chegou forte
Levou toda minha plantação de sonhos
Ao ver a chuva cair pensei na morte
Ao ver desabar os anseios tamanhos.

Lembrei o que ouvi tantas vezes na vida
Deixei a vaidade de lado e segui
Nem sempre os dias são iguais para lida
Foi naquele instante que muito aprendi.

Juntando os pedaços eu logo pensei:
enxugar dos meus olhos todas as lágrimas
Mesmo cambaleando segui… trilhei
E da minha história virei uma página.

No dia seguinte o sol nasceu lindo
Senti uma energia, uma força incomum
Deixei o pensamento todo colorido
Comecei plantar sonhos: um por um…

Márcia Aparecida Mancebo

Acaso

Se num atalho da vida eu me perder:
E sinta-me cansada com exaustão:
E uma lágrima fria do olho verter:
É o momento da SUPERAÇÃO!

Irei à BUSCA de forças para lutar,
sem me ferir pelos entraves da estrada,
não deixarei a tristeza dominar:
eu seguirei firme nessa caminhada.

Isso aprendi inda criança com a vida.
Que há percalço, que há pedra no CAMINHO
e que não posso isso aceitar; sou aguerrida!
Tenho coragem pra retirar espinhos!

Nada e ninguém irá atrapalhar,
nem SOLIDÃO irei sentir, eu sei.
Com altivez irei recomeçar
E o tempo que perdi recuperarei.

Márcia Aparecida Mancebo
04/10/23

Atividade do grupo Desafio Poético.

Raio de luz

Um dia acordei com imensa alegria
disposta a enfrentar os percalços da lida
Abri a janela para a fantasia
E a abracei para seguir minha vida.

O sofrer expulsei das madrugadas
Passei a pensar com positividade
Pouco a pouco entendi que a dor é malvada
Se acalento - a, ela, enche - me de saudade.

Não quero a saudade a me rondar,
sequer chorar pelos espinhos da estrada
Acordei propensa somente a amar
E encontrar estrelas pela madrugada.

Olhando pra noite vi na imensidão
Um raio de luz como se me indicasse
Um lugar seguro pra superação
Caso a vida algum mal me atormentasse!

Márcia Aparecida Mancebo
01/09/23

Atividade do desafio poético: enfrentar, sofrer, amar, supaeração

Mudanças

Quantas vezes mudei o meu rumo na vida
Ao ver que aquele caminho não era bom
A rota não era a minha preferida
Não queria ferir o meu coração.

Cada vez que mudei também naufraguei
A vida tornou - se sem luz e pesada,
minha alma gritava, mas eu a calei.
Um novo rumo tomei mudando a estrada.

Assim foram várias tentativas e nada
era conforme a minha imaginação
Muita lágrima deixei pela estrada
Ao perder-me pela falsa ilusão.

Até que, um dia mudei o pensamento
Mudei a maneira de a vida entender
Estava travado todo o sentimento
Nada estava errado pude compreender.

Era a maneira de o caminho aceitar
Quanto mais indecisa, mais errava
Era a indecisão que me fazia errar
Era a minha vida que eu não aceitava.

Márcia Aparecida Mancebo

Mocidade

Recordar um ciclo bom é o que resta.
Traz ao pensamento, alegria e leveza
É como se olhasse a vida pela fresta
Que aberta ficou cheia de beleza.

Um tempo repleto de sonhos tão lindos,
de momentos que jamais voltarão
Gravados na mente e ainda floridos
Exalando aroma de rosa em botão!

Quem dera a mocidade fosse eterna
E a vida um mar com ondas brandas, calmas
E toda palavra ouvida fosse terna
A tristeza não tocasse funda na alma.

E toda canção que marcara um momento
Fosse o refrão para embalar os dias
Aquela paz que existia no pensamento
Jamais fosse embora da mente sadia.

Márcia Aparecida Mancebo

Ousadia

O trilho era longo, mas eu não cansava
Eu tinha energia naquela idade
Meus pés esfolavam, mas eu não ligava
Hoje me lembro sentindo saudade.

E quão angelical é essa lembrança
Andar pela estrada que levava ao rio
Sozinha, sem medo, pois era criança
Não havia empecilho se o tempo era frio.

Seguia contando as pedras do caminho
e ouvindo um assovio de um passarinho;
era um colibri que vivia sozinho
num galho de árvore onde fez seu ninho.

No instante me atrevo no tempo voltar
Para recordar todo prado com flores
E das estações as quais vi passar
ao fechar os olhos a vida tem cores!

Márcia Aparecida Mancebo
19/09/23.

Atividade do Desafio Poético

Lágrimas quentes

Nesta clara manhã de primavera
O sol bate forte no meu jardim
Aqui da janela penso: quem dera,
ter todas as manhãs claras assim?

Primavera estação que emana amor
Mexe com o mais duro coração
Basta somente olhar para a flor
que tão singela traz tanta emoção...

Ó primavera leva - me à lembranças
Do jardim florido da mocidade,
Da vivacidade quando criança,
De toda pureza, ó quanta saudade!

O tempo passa levando as horas
Recolhe tudo que está pela frente
E quando tudo, tudo vai se embora
Rolam dos olhos lágrimas tão quentes!

Márcia Aparecida Mancebo

Será propósito?

Olhando pra noite fico imaginando
Que será que existe por trás das estrelas,
pela imensidão caminham lumiando
Chamando minha atenção para vê - las?

Será isso propósito pra me alegrar?
Estrelas não sentem dor nem tristeza,
pois quem sente dor vive a lamentar
E os olhos não demonstram beleza.

A dor traz saudade que muito angustia
E luz não existe em quem está triste
Somente traz no olhar a melancolia
Quem sente tristeza, a chorar persiste.

Sinto que as estrelas tentam me ensinar
E que só a mim, mostram seu brilho.
Creio que desejam me ver caminhar
Esquecendo os, revezes que há pelo trilho!

Márcia Aparecida Mancebo

Resto de canção

Quando o amor vai embora
A saudade dói
Não passam as horas
Daqui vejo a aurora
Minha alma corrói!

É tamanha a dor
Não será esquecida
Esse dissabor
Triste sem o amor,
Sinto a minha vida.

Agora sou nada,
Resto de canção
Eu sofro calada
E o meu coração
Calou a madrugada!

Márcia Aparecida Mancebo

Somos…

“Somos multiplicadores da paz e da harmonia.”
Somos criaturas bem aventuradas
Temos o dom de espalhar a alegria
a toda pessoa desanimada
que perdeu do viver a fantasia.

Semear o que é bom traz a bonança
Florear o caminho tornando - o bonito.
Favorece uma paz e uma esperança
induzindo - o a atingir além… o infinito!

Aquele que tem no coração, bondade
Seu olhar emana tamanha ternura
Faz da harmonia a sua eterna verdade
E de seus lábios a palavra tem doçura!

Nós somos esse transmissor que doutrina.
Podemos ensinar da vida, a grandeza
Somos a luz que o amanhecer ilumina,
o raio do sol que brilha à natureza.

Márcia Aparecida Mancebo
09/09/23

Grupo - Poema que não tem fim 

Dias…

Ainda há folhas secas pelo ar voando
Também há flores abrindo os botões…
O outono pouco a pouco se vai deixando
Lembrança dos dias qual furacões.

Esses furacões fazem parte da vida.
Uma perda querida traz a solidão
E abraça - me e perco - me pela lida
Confusa sem encontrar solução.

Aquele apego sempre acalentado
Não deixasse tristeza no coração
Tudo não passasse de sonho sonhado
Lágrimas não rolassem qual ribeirão!

Essa imagem de mulher forte some
Num canto fico a chorar a saudade
Sinto que uma dor forte me consome
Não dá pra fugir da realidade.

Como se fugir tudo melhorasse,
mudassem o cenário ora vivido
Os dias uma nova cor tomasse
O meu caminho tornasse a ser florido!

Márcia Aparecida Mancebo
04/09/23

Desafio poético - palavras : apego, saudade solidão 

T e m a:

"Já me sentei sozinho em noite calma
já rabisquei, descolori minha alma."

(Trecho do poema Onde Estás Inspiração? - Jorge Santoli)

Inspiração

Essa solidão que aparece na noite
Onde sozinha tento te encontrar
Oh! Inspiração vem calma sem açoite
Quero escrever sem me maltratar.

Eu sinto meu coração forte pulsar
E a mente entorpecida e saudosa
Dos versos que compunha ao luar
Hoje descoloridos chegam sem prosa.

Calados, num silêncio que traz medo.
Medo ou vergonha não sei dizer,
Pois, é na poesia que conto o segredo
De como na solidão sinto o viver.

Vem inspiração, mas cobre - me com festa
Desejo - a com imensa alegria
Sei que versar é tudo que me resta
Neste meu mundo onde impera a fantasia.

Traz - me a lembrança dos velhos versos
Daqueles que quando na mocidade
Repletos de amor florindo o universo
Resplandeciam de felicidade!

Márcia Aparecida Mancebo
09/07/23

Trilho ermo

Não há o mesmo aroma de flor no ar
Aquele silêncio induzindo à lembrança
Aquela mesma fonte c' água a rolar
As mesmas brincadeiras das crianças.

O sino da capela não toca mais
E as águas do riacho correm caladas
Eu sinto como tudo mudou demais
Depois que apaguei o sol na madrugada.

Antes, tudo era diferente e atrativo
Eu via o sol no instante que desejava
E fantasiava tudo com motivo,
pois a vida era como eu modelava.

Agora, não é mais assim onde cresci.
Já não consigo me encantar e ouvir
O que de bonito havia e compreendi :
apenas vejo um trilho ermo a seguir!

Márcia Aparecida Mancebo