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Poente de Outono

Poente de outono

Pela fantasia com um desejo ardente
Eu sigo tecendo meus versos de amor
De um amor tão belo que tenho ao poente
Quando a tarde se vai deixando um esplendor.

Meus olhos extasiam diante da cena
Ao ver o poente, poente de outono
Sentindo pelo ar um cheiro de açucena
Feliz eu me sinto, não sinto abandono.

Pois esse perfume mistura co’as cores
É pura poesia que a natureza
Mostrando-me o sol cair sobre as flores
Que cobrem o prado decorre beleza.

É desta beleza que vejo na tarde
Que a minha alma extrapola infinda alegria
E a inspiração aos poucos me invade
Num gesto de ternura nasce a poesia!

Macia Aparecida Mancebo
13/05/23

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Definição de mãe

Definição de mãe

Se existe um amor com tamanha doçura
É o amor que a mãe dedica a seu filho
Demonstra nos gestos carinho e ternura
E o guia com preces ensinando - o trilho.

Se o filho está longe é tamanha saudade
Que as horas parecem no tempo parar...
Pra sentir tudo isso independe da idade,
Pois filhos não crescem a quem sabe amar!

Se a mãe é envolvida de imensa tristeza
Por coisas da lida, coisas da rotina
O filho aparece e a mãe vê beleza
Esquece a tristeza, volta ser menina.

Embora a mãe saiba que existe partida
Que existe um momento de um triste adeus
Com todo jeitinho a mãe segue a vida
Entregando o tempo e a despedida a Deus.

Márcia Aparecida Mancebo
13/05/23

 

( Atividade - Desafio Poético)

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Artesão de emoção! ( Reeditando)

Artesão de emoção!

Poeta, artesão da mais pura emoção!
Consegue com versos ao bafejo da brisa
conceber que há luz brilhando a ilusão
E, nessa ilusão se aventura… desliza.

Um ser que dá vida ao nascer esperança,
qual fosse uma flor com suave perfume;
Faz seus olhos ver com singela confiança
e sanar a dor, a saudade e o queixume.

Com lápis desenha a aquarela do sonho
fazendo secar toda água do rosto;
trazendo outra vez luz, pros olhos tristonhos,
que voltam sentir que, viver tem bom gosto.

Um gosto um sabor com primor temperado.
Que só o poeta consegue fazer,
pois, traz em sua alma um condão bem guardado
que dá - lhe o poder de ir além… transcender!

Márcia A Mancebo

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O lume da estrela

O lume da estrela

Resolvi partir para não mais voltar
Ao olhar na noite, da estrela, seu lume.
Me ative a seguir sem ao menos pensar
Preciso aprender viver sem costumes.

Demorou, mas chegou a decisiva hora
Cansei de viver sem acalentar sonhos
Mudei muito eu sei, sou outra agora
Voltou para a face os olhos risonhos.

Seguirei a vida irei sempre adiante
Olhando à estrela esquecerei, passado
Pois, viver é assim, um mudar constante
Hei de seguir o que me foi outorgado.

Não me deixo levar pelo coração
Não mais voltará a colorida idade
Nem sequer, será sempre a mesma estação
Os tempos são outros, aceitei a verdade.
O lume da estrela acendeu a razão.

Márcia Aparecida Mancebo

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Relíquias perdidas

Relíquias perdidas

Detalhes pequenos que a vida oferece
Passam despercebidos, perdem se do olhar
São ínfimos detalhes que valem preces
Ensinam as trilhas para caminhar.

Depois com a idade vem à reflexão
Àqueles detalhes, relíquias perdidas
Tão importantes sem recuperação
Eles continham a fórmula da vida
A estrela guia pra não viver em vão.

Somente agora diante de fatos
Vem para a memória como explicação,
Mas é tarde demais um triste relato
De quem passou tempo vivendo a ilusão
Co' ouvidos vedados viveu em imersão.

Naqueles detalhes continha o segredo
Viver em paz e com a plena visão
Se tivesse notado não teria medo
Seguir tão sozinha pela escuridão!

Márcia Aparecida Mancebo

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Sonetando

Sonetando

Naquele edifício no décimo andar
habita um poeta que não se retrata.
Ao dizer da amada se põe a chorar...
Não sei o porquê essa dor não relata.

Quem sabe a paixão que tanto o molesta
A causa é alguém que de amor o devora
Sozinho o deixou num momento de festa
Que juntos brindavam o idílio da aurora!

Oh! Pobre poeta põe pra fora as mágoas,
Chorar não trará o grande amor de volta,
Apenas dos olhos rolarão as lágrimas.

E diz o poeta cheio de revolta
Aquela bandida levou meus pedaços
A minha poesia morreu de embaraço!

Márcia Aparecida Mancebo

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Sublime sentimento

Sublime sentimento

O amor verdadeiro não tem medida
É espontâneo e dá luz para os dias
É esse sentimento que enfeita a vida
Amando que se conhece a bela alegria.

Amor assim é fruto do coração.
Nasceu de um olhar e se perpetuou
Cultuado cresceu, trouxe unção
Com o passar do tempo somente aumentou

Amor companheiro caminha em união
A tudo resiste tempestade e vento
Não é um jogo comum, é sedução,
É angelical, sublime sentimento!

Não é possessivo, é compreensível
O amor traz a alma transformação...
A quem ama nada é impossível
Alados caminham, pois, tem direção!

Márcia Aparecida Mancebo

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Quero

Quero

Quero a meu lado uma cadeira vazia
Para lágrima que rola na minha tez
Seria um lugar onde sempre guardaria
Tudo de bom que na vida desfez.

A cadeira que quero ao meu lado, vazia
Nela poria os meus sonhados sonhos
A infância que ao lembrar traz alegria
De um tempo que meus olhos eram risonhos.

Quero a meu lado uma vazia cadeira
Creio que daqui a uns anos estaria
Repleta de lembranças como companheira
De quando ouvia de longe a melodia.

Melodia que acompanha os meus dias
Que estonteia a mente trazendo a saudade
Que se pudesse pegá-la a pegaria
Para recordar da feliz mocidade
Ocupando um lugar na cadeira vazia!

Márcia Aparecida Mancebo

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Última jogada

Última jogada

A vida é um jogo de carta com cores
Que enfeita a visão por todo o caminho
Usei da razão; escolhi onde há flores
Para livrar — me dum jogo mesquinho.

Nas várias rodadas do jogo da vida
Esperei com calma chegar minha vez
A calma vivífica, encorajando a lida
Essa lida tão dura que envelhece a tez.

Trilhei toda estrada marcando presença
Nas cartas confiando segui jogando
Jamais deixei de acalentar essa crença
Seguindo as regras eu fui apostando.

Com riso nos lábios sempre a pretender
O gosto tão bom do jogo ganhado,
alada a esperança caminhei pra ver
Mesmo que, de longe o sol se pôr dourado.

E poder ajoelhar para agradecer
As lutas vencidas por saber jogar
com honestidade esperando vencer
Co'o troféu nas mãos resta comemorar
a última jogada que fiz pra viver.
Com júbilo aprendi o dom de amar.

Márcia Aparecida Mancebo
08/04/23

 

 

 

Atividade do grupo Desafio Poético 

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Sozinha

Sozinha

Sem pensar em cair nas pedras da via
Vou sempre adiante onde a emoção levar
O meu coração pulsa de alegria,
Pois, sou passageira sempre a caminhar…

Não temo tempo sem sol nem chuvarada
Sou aguerrida, aprendi que enfrentar
as noites tão frias das madrugadas
As horas sombrias diante do mar
Purificou meu ser e ensinou pensar.

Aprendi co'o choro lavar a minha alma
Entender que na vida
Usar da razão para manter a calma
Seguir com cautela os passos da lida.

Curar as feridas da rebeldia
Discernir a emoção no instante certo
Agradecer as manhãs todos os dias
Mesmo que, sozinha sem ninguém por perto.

Márcia Aparecida Mancebo
09/04/23

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Essa saudade

Essa saudade

Essa saudade é fel para minha alma
E da lembrança faz - me ser refém
Me aprisiona com dores também
Qual doente que a tudo perde a calma.

Essa saudade que corrói… se espalma
Pelas telas tao belas que contém
Sinto que viver assim não faz bem…
Por mais que eu queira nada, nada acalma.

Essa saudade afronta o coração
E com trapaça prende - me ao porão
Numa prisão da noite sem luar…

Essa saudade quer matar meu ser
Tira a vontade de querer viver
Impede meu sorrir… faz - me chorar!

Márcia Aparecida Mancebo

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Às vezes

Às vezes...

Às vezes sou porto vazio... Sozinha
nas tardes de outono olhando o sol dourado
Pensando na noite que se avizinha
se verei a lua e todo o céu estrelado

Essa brisa ao tocar minha face pálida
pelos anos, por sulcos, fora marcada
pelos entraves malogrados que a vida
outorgou - me ao longo dessa caminhada.

Sinto - me assim cada vez mais envelhecida
ao ver o poente no final do dia
No outono entristece, sinto isso na lida
Olho para amplidão sinto a noite fria.

Fria de calor humano e compaixão.
Vejo que as pessoas esquecem do irmão,
Esquecem que o Pai nos quer ver em união,
Sem guerra e sim com paz no coração.

Márcia Aparecida Mancebo

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Vislumbre

( Rondel)

Vislumbre

Ainda vislumbro com flores abrolhando
enquanto caminho sob folhas no chão
É tanta beleza que acabo chorando
Amo esta terra que é meu rincão...

Quando vejo a noite com o seu clarão
E o céu fulgurante co' estrela brilhando.
Ainda vislumbro com flores abrolhando
enquanto caminho sob folhas no chão.

As folhas estão secas ...algumas voando
É tamanha euforia, é tanta emoção
que sinto alegria à mente chegando
E sinto o pulsar do meu coração
...Ainda vislumbro com flores abrolhando!

Márcia Aparecida Mancebo
07/04/23

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Nessa luz...

Nessa luz...

Precisei de um momento de escuridão
para ver o sol brilhar somente a mim...
Precisei seguir por esse duro chão
para ver na margem, bela flor - jasmim!

Ao sentir perfume entendi o propósito
que ao nascer recebi. Hoje sem contestar
sinto que o viver é um infindo depósito
onde estão lembranças que posso guardar.

São essas lembranças que embalam a vida
no instante que o escuro aparece nos dias
e mesmo que a visão turve pela lida
sempre haverá luz trazendo alegria.

Nessa luz está toda a fortaleza
que preciso ter para caminhar
E olhar para o mundo sem estranheza
Com olhos risonhos sempre a brilhar!

Márcia Aparecida Mancebo

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Disfarce

Disfarce

Às vezes a cantar a gente entoa
a canção que aprendeu quando criança
E vai cantarolando assim a toa
pra acalentar a vida com lembranças.

Eu canto pra lembrar os tempos idos
E quando desafino abro um sorriso
Pois, é sempre no verso preferido
que arranha a voz... disfarço com o riso.

Se a lágrima rolar ela mistura
com o riso que na face é brilhante
enquanto o pensamento vai distante.

E traz à mente aquela formosura
da infância que não dá para voltar...
Sorrio para esconder o meu chorar!

Márcia Aparecida Mancebo

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Ancião

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Ainda resta neste ser abatido
Algumas fagulhas de anseios guardados
Num canto deixado a não ser esquecido
Dos sonhos bonitos que foram embalados.

Dizer que um ancião repetia sorrindo
Ao ver a beleza do sol em esplendor
ao sentir o encanto das flores se abrindo,
Pois, ele guardava n' alma, infindo amor.

E mesmo abatido, cansado da lida
A mente insistia lembranças trazer
Sem tirar a esperança que rege a vida
O querendo lúcido mostrando o saber.

Anciões são os anjos que velam a jornada,
Pois, tem sintonia com Deus lá no céu
E são como setas nas encruzilhadas
Impedindo que jovens fiquem ao léu,
Se percam nas curvas que existe na estrada
não vejam a manhã nascer em escarcéu!

Márcia Aparecida Mancebo

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Memórias de outonos

Memórias de outonos

O vento ao passar deixou folhas no chão.
Não foi de propósito, é o outono chegando:
com a ventania qual triste canção
que vem lá de longe ... chega aqui chorando.

E num rodopio vejo folha no ar
Caindo no solo as outras juntando
Fazendo minha alma triste suspirar...
Eu sinto dos olhos águas rolando.

Momento outonal com flores abrolhando,
Co´andorinhas em pares voltando aos ninhos
Nas tardes com vento e folhas voando
Eu aqui da janela olhando sozinho
Com o pensamento me torturando.

É nesse momento que vem à memória
As recordações dos outonos passados;
Tão cheios de sons e de belas histórias,
De suave perfume e dos passos traçados
Da infância feliz repleta de glorias

Márcia Aparecida Mancebo
02/04/202

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Versões

Versões

A vida às vezes é canção... Às vezes gemida.
Meus passos entalam nas pedras da estrada
Mesmo assim sigo avante, vou para a lida
co' pés esfolados da dura jornada.

A vida é florida com espinho na haste
Segredando os ais num choro baixinho:
eu sigo esta vida cheia de contrastes
regando flores, encurto o caminho!

E quando sinto a vida uma canção
cantarolando danço fazendo festa
Não me furto e a sinto com emoção
aproveitando o pouco que me resta.

Mas quando sinto a vida triste, gemida
e de sofrer minha alma está cansada
dou um jeito: não ficar esmorecida;
Enxugo os olhos e não penso mais nada,
Aceitando as versões; eu sigo atrevida.

Márcia Aparecida Mancebo

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CPP