Este poema é para minha filha Juliana, que pediu que eu fizesse um sobre guloseimas... por que será né?!!!

Como é bom relembrar a infância...

Casa de vovó, da dindinha

Onde a comilança corria solta...

Doces de todos os jeitos e formas

Leite, goiaba, laranja, mamão...

Perdia-se a conta de tanta gostosura...

Forno à lenha, massa pronta na cozinha...

Formas e mais formas de salgados,

Pão de queijo, bolachas, biscoitos...

E sabe o que era mais gostoso?

Era ouvir as tias cantarem

Enquanto preparavam a massa,

E tiravam os bolos do forno...

Bom mesmo era a hora do lanche...

Huuummmm, cheirinho bom!!!!

Café feito na hora, coador de pano...

Mesa farta, variada... sonho de qualquer criança...

Que saudades tenho de minha infância...

Casa de vovó, de dindinha...

É o passado com suas histórias ...

Amores e desamores...

Alegrias e tristezas...

É a ponta do iceberg

Que tínhamos esperança

Que nos traria sonhos reais

Por baixo da camada de água???

O que é a vida???

É o futuro com suas esperanças...

Com o encanto do desconhecido...

Com a ansiedade de que tudo

Possa ser diferente, desta vez???

Ah!! A vida!!!

A vida é este momento em que escrevo estes versos...

 É a música que ouço, que embala meus pensamentos...

Que me faz sonhar, desejar...

É o latido do cachorro no portão,

Avisando que tem alguém a chamar...

A vida não é nada mais que este momento presente...

Nem passado, nem futuro...

Nem mais, nem menos...

É o agora, este momento

Porque isso é o que temos...

Essa certeza de que estamos vivos, agora...

Daqui à pouco, só Deus sabe...

Anoitecer

Fecho meus olhos e tento não pensar

Mas, é em vão.

Sua imagem toma forma em minha mente.

Até quando vou te desejar sem poder te ter?

Querer seus beijos, sentir o calor de suas mãos?

Me perder em seu abraço? Sentir seus braços a me prender?

Minha cabeça encosta em seu peito

e sinto sua respiração, tão próxima.

Seus lábios quentes roçam minha nuca, sinto arrepios,

te aperto um pouco mais só pra sentir o calor

de seu corpo bem junto ao meu,

tão próximos, tão juntos, parecem tornar-se um só.

Como parar de te desejar?

Se o que mais quero é te amar, te acariciar,

Te beijar, tocar seu corpo.

Te desvendar e te sentir em mim.

Me perder em seus beijos, suas carícias.

Um dia, talvez...

Maria Angélica de Oliveira - 05/01/16